No âmbito da visita oficial que está a realizar à China, o presidente da Síria foi recebido esta segunda-feira, em Pequim, pelo primeiro-ministro chinês, Li Qiang, com quem dialogou e a quem expressou a ideia de que a amizade e a confiança bilateral assentam em princípios firmes, sobre os quais é possível avançar para o futuro.
«A relação entre os nossos dois países poderia ganhar mais força com as três iniciativas propostas pelo presidente Xi Jinping para desenvolver a cooperação nas áreas económica e cultural, e criar projectos de investimento conjuntos dentro da Iniciativa Cinturão e Rota», disse al-Assad.
O presidente sírio afirmou ainda que «a maior parte dos países espera com interesse que o yuan chinês se torne uma moeda mundial, para nos desfazermos do dólar, que se transformou numa arma ocidental contra as nações do mundo».
No mesmo encontro, al-Assad agradeceu ao governo chinês pelo apoio ao país levantino na guerra contra o terrorismo e para enfrentar as sequelas do desastre causado pelo terremoto.
A este propósito, Li Qiang reafirmou o interesse do seu país na reconstrução e na consolidação da estabilidade no país árabe.
«O desenvolvimento na Síria enfrenta sanções e cerco e, como tal, a China deseja aproveitar a oportunidade para anunciar o estabelecimento de relações estratégicas para prestar apoio e transformar as vantagens geográficas da Síria em desenvolvimento e oportunidades», disse Li.
Esperança no papel da China para criar um mundo de benefícios para todos
Também na capital, Bashar al-Assad reuniu-se com o presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional da China, Zhao Lijie, a quem expôs a expectativa que o seu país deposita na China e nas iniciativas propostas por Xi Linping para «a transição do velho mundo, que depende da força, para o novo mundo, que se baseia na moral», indica a Sana.
«A Síria espera com interesse o papel da China no presente e no futuro, na busca do benefício comum para os povos, em vez de lucro à custa dos outros», disse o presidente sírio.
Bashar al-Assad iniciou, esta quinta-feira, uma visita «histórica» à China, a convite do seu homólogo chinês. Além da cimeira bilateral com Xi Jinping, prevê-se que mantenha outras reuniões de alto nível. À chegada ao Aeroporto Internacional de Hangzhou, al-Assad foi recebido pelo ministro chinês do Comércio, Wang Wentao, o vice-presidente do Conselho da província de Zhejiang, Gong Xiwei, e o embaixador chinês em Damasco. Segundo refere a agência estatal Sana, os presidentes de ambos os países asiáticos vão realizar uma cimeira bilateral, estando ainda programada a participação de Bashar al-Assad em várias actividades nas cidades de Hangzhou e Pequim. Analistas políticos e órgãos de comunicação social classificaram esta visita como «importante» e «histórica», tendo em conta que é a primeira do género desde o início da guerra imposta ao país árabe, em 2011, e responde à vontade de Damasco de se virar para o Leste, reforçando a cooperação com países que ajudaram o país levantino a lidar com as consequências da guerra, do bloqueio e das sanções impostas pelo Ocidente. Especialistas chineses afirmaram ao diário Global Times que a visita representa um contributo para o reconhecimento do Médio Oriente ao conceito chinês de «desenvolvimento regional pacífico». Em encontros mantidos com as autoridades sírias, o ministro Wang Yi deixou clara a oposição do seu país à ingerência nos assuntos internos da Síria, bem como ao bloqueio e sanções que lhe são impostos. O ministro dos Negócios Estrangeiros da China reuniu-se este sábado, em Damasco, com o seu homólogo sírio, Faisal Mekdad, e o chefe de Estado, Bashar al-Assad, com o intuito de consolidar as boas relações que ambos os países asiáticos mantêm há 65 anos e de as levar para uma nova fase, em todos os domínios. No encontro mantido entre Wang e al-Assad, este último destacou «a posição importante da China na arena internacional», acrescentando que «a Síria deseja ampliar as áreas de cooperação com Pequim a todos os níveis, tendo em conta a sua forte presença e as suas políticas morais, que favorecem a maior parte dos países e povos do mundo», informa a agência SANA. Bashar al-Assad agradeceu à China o apoio dado ao povo sírio em várias áreas, bem como os posicionamentos adoptados em fóruns internacionais em defesa da soberania, da integridade territorial e da livre decisão do país árabe. O presidente sírio pediu ainda a Wang que transmitisse as suas mais fraternas e calorosas saudações ao presidente Xi Jinping pelo centenário da fundação do Partido Comunista da China, refere a Xinhua. «Desde o estabelecimento dos laços diplomáticos, há 65 anos, a China e a Síria sempre confiaram uma na outra e apoiaram-se mutuamente», disse na reunião o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, que deixou clara a disposição do seu país para aprofundar «a amizade tradicional e promover uma cooperação para o benefício dos dois povos». A continuidade do apoio da China à Síria na luta contra a Covid-19, por via do abastecimento de vacinas e de outros materiais médicos, foi uma das questões sublinhadas. O chefe da diplomacia chinesa declarou igualmente que o seu país irá continuar a apoiar a Síria na guerra contra o terrorismo e na luta contra o bloqueio e as sanções desumanas que lhe são impostos. Reafirmou, além disso, a oposição à ingerência nos assuntos internos do povo sírio e em tudo o que afecta a soberania e integridade territorial do país levantino. Da parte do chefe de Estado chinês, Xi Jinping, transmitiu a Bashar al-Assad as felicitações pela vitória recente nas eleições presidenciais, destacando que «o êxito deste processo demonstra a vitória do povo e a sua firme determinação em resistir a todos os desafios e tentativas de o dominar». Durante o encontro, o ministro chinês abordou ainda participação da Síria na Iniciativa Cinturão e Rota, que considerou de especial interesse devido à localização geográfica do país e ao importante papel regional que desempenha. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. De acordo com o periódico, al-Assad e Xi deverão debater questões sobre a cooperação prática entre ambos os países, em particular a participação da China na reconstrução da Síria. No entender de Yin Gang, investigador do Instituto de Estudos da Ásia Ocidental e África da Academia Chinesa de Ciências Sociais, a visita de Assad aponta para a possibilidade de restabelecer as relações bilaterais ao nível anterior ao da guerra imposta em 2011, caracterizadas por uma vasta gama de cooperação e pela amizade estável entre os dois povos. Entre outros temas de cooperação prática a retomar, Yin referiu-se à exploração de campos petrolíferos, construção de reservatórios e outros projectos de infra-estruturas, bem como ao potencial de novas áreas. «A visita de Assad ocorre num momento em que a Síria procura uma nova diplomacia, equilibrada e abrangente, numa nova fase histórica, e a China é, sem dúvida, uma parte muito importante», disse Yin ao Global Times esta quarta-feira, sublinhando que «a Síria deposita grandes esperanças no envolvimento da China na reconstrução» do país. Por seu lado, Li Weijian, investigador do Instituto de Estudos de Política Externa, destacou o facto de a China apoiar firmemente «o reforço da coordenação e a independência estratégica» dos estados árabes, «para melhorar a estabilidade e o desenvolvimento regional de forma conjunta». Para Li, esta aposta chinesa no desenvolvimento pacífico, a nível regional e nacional, desempenhou um papel positivo para o avanço da reconciliação no Médio Oriente. Já o professor associado do Instituto de Estudos do Médio Oriente na Universidade do Noroeste, Wang Jin, destacou o empenho constante do seu país na resolução dos conflitos através da via diplomática, bem como a sua oposição à ingerência externa nos assuntos internos da Síria. Com a adesão à Iniciativa, o país levantino vê facilitada a cooperação com a China e com outros países, destacaram responsáveis sírios na assinatura do acordo, esta quarta-feira, em Damasco. A cerimónia de assinatura do memorando de entendimento, que prevê a integração do país árabe na Iniciativa Cinturão e Rota, decorreu nas instalações da Comissão de Planeamento e Cooperação Internacional, em Damasco. As partes estiveram representadas pelo presidente da comissão, Fadi al-Khalil, e pelo embaixador da China na Síria, Feng Biao, indica a agência Xinhua. Na ocasião, al-Khalil disse que a integração do país levantino na Iniciativa revive o papel da Síria na antiga Rota da Seda e irá ajudar a dinamizar tanto a cooperação bilateral com a China como a cooperação multilateral com outros países, que desejam cooperar com a Síria. Referindo o papel de cidades como Alepo ou Palmira, que hoje fazem parte da Síria, na antiga Rota da Seda, fez ainda questão de destacar a longa história de amizade e cooperação com a China, indica a Xinhua. Em declarações à imprensa, Al-Khalil sublinhou o modo como a integração na Iniciativa Cinturão e Rota abre perspectivas de maior cooperação com a China e com outros países, dinamizando os intercâmbios a diversos níveis. Em encontros mantidos com as autoridades sírias, o ministro Wang Yi deixou clara a oposição do seu país à ingerência nos assuntos internos da Síria, bem como ao bloqueio e sanções que lhe são impostos. O ministro dos Negócios Estrangeiros da China reuniu-se este sábado, em Damasco, com o seu homólogo sírio, Faisal Mekdad, e o chefe de Estado, Bashar al-Assad, com o intuito de consolidar as boas relações que ambos os países asiáticos mantêm há 65 anos e de as levar para uma nova fase, em todos os domínios. No encontro mantido entre Wang e al-Assad, este último destacou «a posição importante da China na arena internacional», acrescentando que «a Síria deseja ampliar as áreas de cooperação com Pequim a todos os níveis, tendo em conta a sua forte presença e as suas políticas morais, que favorecem a maior parte dos países e povos do mundo», informa a agência SANA. Bashar al-Assad agradeceu à China o apoio dado ao povo sírio em várias áreas, bem como os posicionamentos adoptados em fóruns internacionais em defesa da soberania, da integridade territorial e da livre decisão do país árabe. O presidente sírio pediu ainda a Wang que transmitisse as suas mais fraternas e calorosas saudações ao presidente Xi Jinping pelo centenário da fundação do Partido Comunista da China, refere a Xinhua. «Desde o estabelecimento dos laços diplomáticos, há 65 anos, a China e a Síria sempre confiaram uma na outra e apoiaram-se mutuamente», disse na reunião o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, que deixou clara a disposição do seu país para aprofundar «a amizade tradicional e promover uma cooperação para o benefício dos dois povos». A continuidade do apoio da China à Síria na luta contra a Covid-19, por via do abastecimento de vacinas e de outros materiais médicos, foi uma das questões sublinhadas. O chefe da diplomacia chinesa declarou igualmente que o seu país irá continuar a apoiar a Síria na guerra contra o terrorismo e na luta contra o bloqueio e as sanções desumanas que lhe são impostos. Reafirmou, além disso, a oposição à ingerência nos assuntos internos do povo sírio e em tudo o que afecta a soberania e integridade territorial do país levantino. Da parte do chefe de Estado chinês, Xi Jinping, transmitiu a Bashar al-Assad as felicitações pela vitória recente nas eleições presidenciais, destacando que «o êxito deste processo demonstra a vitória do povo e a sua firme determinação em resistir a todos os desafios e tentativas de o dominar». Durante o encontro, o ministro chinês abordou ainda participação da Síria na Iniciativa Cinturão e Rota, que considerou de especial interesse devido à localização geográfica do país e ao importante papel regional que desempenha. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Disse ainda que Pequim e Damasco vão intensificar as trocas comerciais, bem como aprofundar a participação de empresas chinesas na reconstrução de infra-estruturas e serviços no país árabe, contribuindo para o seu desenvolvimento económico e social. Foi ainda avançado, segundo refere a Prensa Latina, um conjunto de propostas para ligar rotas marítimas e terrestres, de modo a facilitar as trocas com países vizinhos e criar zonas comerciais. Por seu lado, o embaixador Feng Biao afirmou que o acordo aprofunda a cooperação bilateral e garante um maior contributo para a reconstrução económica e o desenvolvimento social da Síria. De acordo com Feng, a Iniciativa Cinturão e Rota, a que aderiram cerca de 150 países e mais de 30 organizações, é a plataforma mais vasta de cooperação a nível mundial. A iniciativa foi proposta pela China em 2013 com o objectivo de construir uma rede comercial, de investimento e de infra-estruturas capaz de ligar a Ásia e outras partes do mundo, através da antiga Rota da Seda e para lá disso. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. O investigador notou como isto «está em franco contraste com os EUA, que têm uma imagem de provocadores no Médio Oriente, e de não assumirem as responsabilidades que possuem». Damasco e Pequim têm relações fortes há vários anos. Durante a guerra, a China manteve sempre essas ligações com a Síria, enquanto os países ocidentais apostavam na sua destruição. Além de se opor ao bloqueio imposto pelo Ocidente, a China recorreu ao direito de veto no Conselho de Segurança da ONU, em 2012 e 2017, contra projectos de resolução apresentados por Washington e seus aliados contra o país árabe. Mais recentemente, em Julho de 2021, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, efectuou uma visita a Damasco. No final desse ano, os presidentes dos dois países reafirmaram, em conversa telefónica, a vontade de promover a cooperação e manter o apoio mútuo nos espaços internacionais. Em Janeiro do ano passado, Síria e China firmaram um acordo que estipula a integração do país levantino na Iniciativa Cinturão e Rota, lançada pela China em 2013. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Presidente da Síria em visita oficial «histórica» à China
Reforço da cooperação, numa nova fase histórica
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Síria e China apostam no reforço da cooperação bilateral
Relações históricas vão ser reforçadas
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Papel chinês no Médio Oriente em franco contraste com o dos EUA
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Síria junta-se à Iniciativa Cinturão e Rota, promovida pela China
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Relações sólidas
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Por seu lado, o presidente do principal órgão legislativo da China defendeu o aprofundamento da colaboração amigável, para salvaguardar os interesses comuns e promover o desenvolvimento da associação estratégica bilateral.
Zhao, refere a Xinhua, afirmou o conceito chinês de construção de uma comunidade de futuro partilhado para a humanidade, tendo manifestado a disponibilidade para trabalhar com a Assembleia Popular da Síria, com o intuito de fortalecer os laços e as trocas a todos os níveis.
Visita produtiva, olhando cada vez mais para Leste, para o Oriente
O presidente sírio chegou ao país do Extremo Oriente na última quinta-feira, tendo assistido à inauguração dos XIX Jogos Asiáticos, na cidade de Hangzhou (província oriental de Zhejiang).
O chefe de Estado também se reuniu com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, com quem decidiu estabelecer uma associação estratégica entre ambos os países.
Além disso, subscreveram um acordo de cooperação económica bilateral, um memorando de entendimento para o intercâmbio e a colaboração na área do desenvolvimento económico, e um memorando de entendimento sobre o plano de cooperação no quadro da Iniciativa Cinturão e Rota.
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