Na sua conta de Twitter, o chefe de Estado referiu-se às ofertas recentes provenientes da Rússia e do Japão, bem como ao carregamento enviado pelas organizações norte-americanas Puentes de Amor, Codepink e The People's Forum.
«As suas doações têm um grande significado para Cuba na nossa batalha contra o bloqueio», escreveu o presidente cubano.
Este sábado, chegou a Havana um carregamento com mais de 6,8 mil quilos de leite em pó, destinado a hospitais pediátricos, organizado pelos grupos referidos dos EUA.
À chegada, Carlos Lazo, dirigente do projecto Puentes de Amor, disse à imprensa que se tratava de uma pequena oferta «num mar de necessidades», sublinhando a importância de furar «o bloqueio e as sanções que duram há mais de 60 anos e que são um crime no meio desta pandemia».
Medea Benjamin, representante do grupo Codepink – Mulheres pela Paz, fez questão de destacar a assistência que as crianças têm em Cuba, enquanto Manolo de los Santos, de The People's Forum, afirmou que «o esforço desta iniciativa rompe o cerco mediático e o silêncio que querem impor sobre o povo cubano». «Entendemos que é importante mostrar o absurdo das sanções contra o povo de Cuba», acrescentou, citado pela Prensa Latina.
Também este sábado, a Rússia fez chegar à maior ilha das Antilhas quase 24 toneladas de equipamentos de protecção médica multiusos e seringas, para apoiar a luta contra a Covid-19.
Por seu lado, o Japão doou ao país caribenho 84 autocarros, no quadro da Ajuda Financeira Não Reembolsável, que irão contribuir para melhorar os transportes na capital cubana.
Igualmente no Twitter, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cuba, Bruno Rodríguez, afirmou esta sexta-feira que, em 2021, chegaram ao país antilhano 135 doações de 40 países, compatriotas residentes no estrangeiro e organizações solidárias.
Na maior parte dos casos, explicou, foram doações de materiais e equipamentos médicos relacionados com a luta e o processo de imunização contra a Covid-19.
No que respeita à Covid-19, as autoridades cubanas referem que o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos EUA cria obstáculos à importação de material sanitário, por um lado, e encarece os custos de aquisição de produtos em mercados mais distantes ou através de intermediários.