«Esta decisão reflecte uma vez mais o altíssimo nível das históricas relações entre os nossos países, a irmandade existente entre os nossos povos e governos», disse à Prensa Latina o chefe da diplomacia cubana no país euro-asiático, Julio Gardmendía.
«Como diz um velho ditado russo, os amigos conhecem-se nas dificuldades», frisou o diplomata.
Garmendía alertou que Cuba atravessa uma situação complexa devido ao agravamento das medidas de bloqueio impostas pela administração dos Estados Unidos.
Entre as dificuldades referidas, o embaixador mencionou o aumento do número de infecções pelo coronavírus SARS-CoV-2 e o impacto da variante Delta em Cuba, bem como a falta de entrada de divisas no país caribenho devido ao recrudescimento do cerco económico, comercial e financeiro que lhe é imposto por Washington.
O Ministério russo da Defesa informou este sábado que partiram do aeródromo de Chkalovsky, perto de Moscovo, dois aviões militares de transporte com destino a Cuba com 88 toneladas de ajuda humanitária.
«Em nome do presidente da Federação Russa, as aeronaves An-124 Ruslan vão entregar ajuda à República de Cuba», afirmou uma nota do ministério.
A carga inclui alimentos, equipamentos de protecção pessoal e mais de um milhão de máscaras médicas.
México envia ajuda médica e alimentar a Cuba
Vários camiões carregados com alimentos e insumos médicos chegaram ao porto mexicano de Veracruz, de onde deveriam partir ontem para Cuba os navios Libertador e Papaloapan, segundo divulgou a Secretaria da Marinha, informa o La Jornada.
Também o Ministério dos Negócios Estrangeiros mexicano confirmou o envio dos dois barcos com ajuda sanitária e alimentar para a Ilha, que inclui seringas, tanques de oxigénio e máscaras, além de bens alimentares, gasolina e gasóleo.
Este sábado, ao discursar no Castelo de Chapultepec no contexto das cerimónias do 238.º aniversário do nascimento do Libertador, Simón Bolívar, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, propôs Cuba como «Património da Humanidade» pelo heroísmo de resistir 62 anos às agressões dos Estados Unidos, em que se inclui o bloqueio mais longo da história, indica a Prensa Latina.
Ao abordar como os Estados Unidos, com o seu neocolonialismo substituíram o colonialismo europeu no continente, López Obrador afirmou que «a única excepção de resistência é Cuba, embora com um custo muito elevado».
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