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|habitação

Decisão do BCE não alivia famílias

Apesar do elevado impacto social e económico, o Banco Central Europeu insiste na manutenção das elevadas taxas de juro, não tendo sequer discutido a hipótese de descida. Famílias vão continuar em asfixia. 

Sede do Banco Central Europeu, em Frankfurt, Alemanha (foto de arquivo) 
Sede do Banco Central Europeu, em Frankfurt, Alemanha (foto de arquivo) Créditos

Mais de um milhão de famílias, em Portugal, vão continuar a ser afectadas pelo brutal aumento dos custos dos empréstimos à habitação, graças a dez aumentos consecutivos da taxa directora por parte do Banco Central Europeu (BCE), que ontem decidiu, pela segunda vez, mantê-las inalteradas. A primeira vez aconteceu em Outubro, tendo movimentos, como o Porta a Porta, considerado uma «péssima decisão», dado o estrangulamento financeiro de quem paga casa ao banco.

Na conferência de imprensa, após reunião do Conselho de Governadores, esta quinta-feira, Christine Lagarde foi peremptória a afirmar que a possibilidade de efectuar uma descida das taxas de juro nem sequer tinha sido abordada. Hoje, o Governador do Banco de Portugal, que, apesar do agravamento das condições sociais e económicas no nosso país, acata obedientemente a política do BCE, defendeu que a questão central sobre as taxas de juro não é se vai existir um corte, mas quando será.

Entretanto, a crise da habitação vai engrossando o número de pessoas sem-abrigo, e tem impactos também nas pequenas e médias empresas e no financiamento de países como Portugal, já que vêem os custos agravados.  

Numa reacção à decisão do BCE, os deputados do PCP no Parlamento Europeu insistem, num comunicado divulgado hoje, que é «imperativo e urgente» que a subida das taxas de juro de referência, que permanecem em 4,5%, seja revertida, salientando que, no imediato, «deverá ser a banca, e não as famílias, a suportar o impacto dos aumentos já decididos». 

Além de não tocar nas causas de fundo da inflação, acrescentam, a política monetária do BCE «continua a favorecer a banca e o grande capital financeiro», cujos lucros, em Portugal, rondam em média os 12 milhões de euros por dia. 

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