|Saara Ocidental

De Sevilha a Tinduf, mulheres clamam pela independência do Saara Ocidental

«Pela liberdade do povo saarauí, mais nenhum ano de ocupação!» é o lema que une mulheres de vários países na VI Marcha pela Independência do Saara Ocidental, que tem lugar em Outubro.

Imagem de referência Créditos / nuevarevolucion.es

Prevê-se que a iniciativa solidária, organizada pela Plataforma Internacional de Mulheres pelo Saara Ocidental (PIMSO), se estenda de Sevilha, em Espanha, até aos campos de refugiados de Tinduf, na Argélia, de 24 de Outubro a 2 de Novembro, com regresso ao ponto de origem, disse à Prensa Latina a activista argentina Dayana López.

«É uma acção de sensibilização para o conflito saarauí, numa perspectiva de género, realizada anualmente desde 2022, por iniciativa da PIMSO e em coordenação com o Ministério dos Assuntos Sociais e da Promoção da Mulher da República Árabe Saarauí Democrática [RASD]», referiu López.

Esta edição da marcha tem lugar no âmbito do 50.º aniversário da ocupação do Saara Ocidental por Marrocos e da fuga forçada da população saarauí para o deserto argelino.

O programa inclui uma série de visitas a instituições de ajuda, saúde, educação, sociais e culturais nos campos de refugiados de Tinduf, revelou a activista da PIMSO na Argentina.

Estão também previstos encontros com grupos de mulheres para conhecer as suas condições de vida, os seus projectos, bem como as práticas políticas de inclusão e liderança feminina na RASD, acrescentou López, referindo que a marcha coincide também com o Encontro Internacional de Arte e Direitos Humanos no Saara Ocidental.

Mulheres saarauís, pilares da luta pela descolonização

Dayana López destacou a «extrema importância» de promover a participação de «companheiras de todos os cantos do planeta, na medida em que se assinala o 50.º aniversário da chamada Marcha Verde, reinterpretada pelo povo saarauí como "Marcha Negra"».

Este acontecimento marcou o início da invasão do território saarauí por Marrocos, com o envio de colonos e tropas, após a retirada de Espanha, em 1975.

Dayana López disse que é fundamental o apoio das mulheres, a nível internacional, às mulheres saarauís, «que são pilares de luta pela descolonização e independência do Saara Ocidental».

Em seu entender, a marcha permitirá «conviver com elas no campo de refugiados, conhecer a sua realidade, as suas exigências, as suas aspirações, e, desse modo, reforçar o apoio mundial a esta justa causa».

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui