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|Imperialismo

A cumplicidade diária com o imperialismo norte-americano

Independentemente do muito caminho que há para percorrer, das batalhas perdidas, do silenciamento, da mentira e apesar de tudo isso, é o lado da luta anti-imperialista que é o lado certo da história.

Mural «Luta como Gladys, canta como Violeta», na Travessa da SUMAR, em La Legua, bairro popular de Santiago do Chile. Terá sido pintado pouco antes de 21 de Janeiro de 2020, quando começou a ser divulgado nas redes sociais e se tornou viral. Além de Gladys Marin (resistente, dirigente comunista) e Violeta Parra (compositora e cantora), no mural está retratada a cantora Mon Laterte, que em Novembro de 2019, em Los Angeles, alertou para a repressão no Chile, ao receber o seu segundo Grammy.
Mural «Luta como Gladys, canta como Violeta», na Travessa da SUMAR, em La Legua, bairro popular de Santiago do Chile. Terá sido pintado pouco antes de 21 de Janeiro de 2020, quando começou a ser divulgado nas redes sociais e se tornou viral. Além de Gladys Marin (resistente, dirigente comunista) e Violeta Parra (compositora e cantora), no mural está retratada a cantora Mon Laterte, que em Novembro de 2019, em Los Angeles, alertou para a repressão no Chile, ao receber o seu segundo Grammy.Créditos / twugi

Passam-se dias sem se falar do cerco político, económico, mediático que os Estados Unidos impõem ao povo venezuelano e ao seu Governo legítimo e democraticamente eleito.

Passam-se dias sem se denunciar a farsa e a mentira que é a «autoproclamada» presidência de Juan Guaidó, quem o apoia e quem o financia.

Passam-se dias sem se condenar o abjecto bloqueio que os Estados Unidos impõem ao povo cubano há décadas e que é condenado por uma larga maioria de países no mundo.

Passam-se dias sem se falar da Bolívia, da repressão dos povos indígenas, da perseguição política, da repressão, do assassinato de manifestantes, do golpismo.

Passam-se dias sem se falar da Colômbia, das centenas de dirigentes políticos, sociais, activistas, ex-guerrilheiros e tantos outros que são mortos todos os anos.

Passam-se dias sem se falar do Chile, da repressão de manifestações, da violação de mulheres feitas pela polícia e pelos militares, dos mutilados, dos mortos, mas principalmente do povo que apesar de tudo isso continua a lutar de cabeça erguida por uma nova Constituição e por justiça social.

«têm sido tantos, mas tantos, os dias de cumplicidade com o sofrimento, com os crimes, com os bloqueios, com os golpes, com a fome, com o roubo, com as mortes que o imperialismo tem levado, impunemente, a cada canto do nosso planeta»

Passam-se dias sem se falar do Brasil, do Haiti, das Honduras, da Guatemala, do Equador, e porque não também do Iémen, onde tantos e tantos morrem com balas e bombas vendidas à Arábia Saudita pelas grandes potências da Europa e pelos Estados Unidos.

Ora, cada dia que passa sem se falar destas e de tantas outras situações, sem que o que se diga não seja uma mera reprodução acrítica do que dizem e escrevem os grandes centros da propaganda imperialista, é um dia de cumplicidade com o imperialismo norte-americano.

Porque não têm faltado dias de mentiras e de fake news sobre a situação política e social na Venezuela.

Porque têm sobrado os dias de silêncio e desprezo em relação à situação da Colômbia, do Chile, da Bolívia, do Iémen, da Palestina.

Porque têm sido tantos, mas tantos, os dias de cumplicidade com o sofrimento, com os crimes, com os bloqueios, com os golpes, com a fome, com o roubo, com as mortes que o imperialismo tem levado, impunemente, a cada canto do nosso planeta.

Há muitos, muitos dias no calendário em que cada greve, cada luta, cada batalha, cada vitória pequena ou grande de um povo não é capa de jornal, tema de reportagem ou de editorial, abertura de noticiário de rádio ou de telejornal. Mas, independentemente do muito caminho que há para percorrer, das batalhas perdidas, do silenciamento, da mentira e apesar de tudo isso, é o lado da luta anti-imperialista que é o lado certo da história.

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