O Registo Público Cubano de Ensaios Clínicos e o Centro para o Controlo Estatal de Medicamentos, Equipas e Dispositivos Médicos deram luz verde à primeira etapa de ensaios clínicos da vacina contra o SARS-CoV-2 designada como «Soberana 01».
Os testes abrangem 676 pessoas com idades compreendidas entre os 19 e 80 anos e o projecto, a cargo do Instituto Finlay de Vacinas, irá decorrer entre a próxima segunda-feira, 24 de Agosto, e finais de Outubro, anunciaram as autoridades sanitárias esta terça-feira.
A conclusão do estudo está prevista para 11 de Janeiro do ano que vem e os resultados devem estar prontos para divulgação no início de Fevereiro, revelou ainda o Registo Público Cubano de Ensaios Clínicos.
Francisco Durán, director nacional de Epidemiologia do Ministério cubano da Saúde, informou que a expectativa é de que a população tenha acesso à vacina no primeiro trimestre de 2021.
Capacidade da ciência cubana
O facto de Cuba «dispor de uma indústria biofarmacêutica com capacidade de investigação e produção é a maior força para obter este e outros resultados num curto espaço de tempo, com vista a dar uma resposta eficaz à exigência do sistema de Saúde no seu combate à Covid-19», destaca a agência Prensa Latina.
Recentemente, o presidente da Biocubafarma, Eduardo Martínez, referiu-se à participação da biotecnologia e da indústria farmacêutica em emergências nacionais de saúde, uma experiência de integração que, revela a mesma fonte, permitiu trabalhar em 16 projectos de novos tratamentos e tecnologias médicas, incluindo quatro candidatas a vacinas contra o vírus SARS-CoV-2 – sendo a que inicia agora os ensaios clínicos em humanos a mais avançada.
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, tinha reconhecido há alguns dias os avanços no desenvolvimento da vacina nacional contra a Covid-19 num encontro com especialistas do Instituto Finlay de Vacinas, tendo mostrado confiança na capacidade de resposta da ciência do país ao novo coronavírus.
Díaz-Canel sublinhou igualmente a importância da produção científica cubana. «Embora haja vacinas de outros países, nós precisamos das nossas para ter soberania», afirmou.
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