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Com a guerra a arrastar-se no Iémen, uma criança é morta ou ferida todos os dias

Apesar da trégua de seis meses, 92 crianças morreram e 241 foram feridas entre 1 de Janeiro e 15 de Novembro deste ano no contexto da guerra, revela a organização Save the Children.

Créditos / ilkha.com

Devido à guerra que se arrasta no país árabe (que conhece um período de escalada), 333 crianças iemenitas foram mortas ou feridas desde o início do ano até 15 de Novembro último, o que dá uma média superior a uma criança morta ou ferida por dia em 2022, informa a organização não governamental (ONG).

A informação foi divulgada num texto emitido a propósito do Dia Mundial da Criança, que se celebra a 20 de Novembro – data que marca a aprovação da Declaração dos Direitos da Criança (1959) e a adopção da Convenção sobre os Direitos da Criança (1989).

A nota acrescenta que as crianças iemenitas pedem às partes envolvidas na guerra que se empenhem novamente na prevenção dos ataques e da violência contra a população civil.

Crianças de Taiz, refere a ONG, disseram que, desde que a trégua de seis meses auspiciada pelas Nações Unidas terminou, em Outubro, temem constantemente pelas suas vidas, quando estão a brincar na rua ou vão a caminho da escola.

Diana, de 14 anos, disse à Save the Children que, «antes da trégua, as nossas mentes estavam sempre em alerta máximo, imaginando que um projéctil podia cair a qualquer momento». «Nunca nos sentimos seguros. No entanto, durante a trégua, sentíamo-nos em segurança quando brincávamos na rua ou íamos para a escola ou estávamos a estudar. Sabíamos que nada podia acontecer porque havia a trégua», disse.

A Save the Children destaca os ganhos que o cessar-fogo trouxe para as crianças a nível nacional, mas lembra que, mesmo nesse contexto, o número de crianças mortas e feridas este ano é superior a uma por dia.

Em todo o caso, os números verificados (92 mortos e 241 feridos) em 2022 são inferiores aos que as Nações Unidas registaram em 2021 (201 crianças mortas e 480 feridas) e no período entre 1 de Janeiro de 2019 e 31 de Dezembro de 2020 (678 crianças mortas e 1934 feridas).

Rama Hansraj, directora da Save the Children para o Iémen, destacou o intenso contacto que as equipas da organização mantêm com as crianças «a quem foi roubada a infância», sublinhando que «não existe justificação para matar e cometer abusos sobre as crianças».

Em Março de 2015, a Arábia Saudita, com o apoio dos EUA, do Reino Unido e de outras potências europeias e regionais, lançou uma agressão militar contra o Iémen, tendo como objectivo declarado suprimir a resistência do movimento Huti Ansarullah e recolocar no poder o antigo presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi, aliado de Riade, sem sucesso.

A campanha militar, acompanhada por um cerco que privou o país dos bens essenciais, provocou milhares de mortos, feridos e deslocados, destruiu as infra-estruturas do mais pobre dos países árabes, espalhou a fome e disseminou doenças infecciosas, estando na origem daquilo que as Nações Unidas classificaram como a mais grave crise humanitária dos tempos modernos.

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