|Síria

Capacetes Brancos já estão a filmar os «ataques químicos» em Idlib

De acordo com os militares russos na Síria, os Capacetes Brancos já filmaram pelo menos nove vídeos com o intuito de acusar Damasco de usar armas químicas contra civis na província de Idlib.

Imagem do vídeo filmado pelos chamados Capacetes Brancos no Hospital de Douma, exposto como uma «encenação» por alguns trabalhadores do centro hospitalar e «vítimas» de um alegado ataque químico
Créditos / standard.co.uk

Diversas cadeias de TV do Médio Oriente e um canal norte-americano «filmaram nove vídeos, na localidade de Jisr al-Shughur, na província de Idlib, de um ataque químico encenado» e que serão usados para incriminar o governo sírio, como aconteceu em Douma, em Abril deste ano, revelou esta quarta-feira o Centro Russo para a Reconciliação na Síria.

Em todos os vídeos é possível ver «activistas» dos Capacetes Brancos – organização exposta como uma filial da Al-Qaeda e financiada por potências ocidentais – a «prestar auxílio» a civis, refere o comunicado da organização mencionada, citado pela RT.

No documento, os militares russos explicam que, no dia 11 de Setembro, os Capacetes Brancos e elementos da organização terrorista Tahrir al-Sham (designação da Al-Qaeda na Síria) mantiveram uma reunião após as filmagens, tendo seleccionado dois dos nove vídeos para os enviar às Nações Unidas e à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).

Os restantes serão usados «como propaganda nas redes sociais, devido à má qualidade», afirma o Centro.

Em simultâneo, os Capacetes Brancos têm estado a realizar ensaios, desde 9 de Setembro, de «um alegado ataque com substâncias químicas em Khan Shaykhun», revelaram os militares no mesmo texto, explicando que os ensaios contam com a participação de cerca de 30 civis, incluindo crianças com idades entre os 8 e os 12 anos.

Uso real de substâncias venenosas

Os militares russos revelam ainda que os Capacetes Brancos estão, em conjunto com os terroristas, a preparar-se para «utilizar de facto substâncias venenosas à base de cloro» contra os participantes nas encenações.

Para participar nestas encenações de um ataque químico supostamente realizado pelo Exército sírio, os terroristas «escolheram 22 crianças e os seus pais de várias aldeias da província de Alepo», informou o Centro russo.

Para além disso, um outro grupo é composto por crianças órfãs raptadas em campos de refugiados. De acordo com os militares russos, este grupo encontra-se actualmente «num edifício da prisão de Ikab, controlada pela Jabhat al-Nusra».

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