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|Venezuela

Campanha eleitoral aquece na Venezuela

Quando faltam cinco dias para a celebração das eleições presidenciais, a campanha está mais crispada, com Maduro e apoiantes a denunciarem planos mediáticos e da direita extrema para afectar o processo.

Nicolás Maduro em campanha para as presidenciais em Táchira, a 22 de Julho de 2024 Créditos / @PresidencialVen

Mesmo com algumas denúncias de sabotagem ou a apontar discursos de ódio, a campanha eleitoral na Venezuela tem sido marcada pela tranquilidade e o civismo tanto entre os candidatos como nas ruas.

No entanto, esta segunda-feira, aquilo que no país é designado por «oficialismo» subiu o tom, lançando fortes acusações contra a direita mais extremada, afim a Corina Machado, e a meios de comunicação internacionais.

Em Táchira, o actual presidente, Nicolás Maduro, candidato à reeleição pelo Gran Polo Patriótico, denunciou a censura dos grandes meios de comunicação internacionais.

«Somos uma realidade. Tentaram tornar-nos invisíveis mil vezes. Agora a operação é dirigida por sicários, os sicários da mentira, a agência EFE de Espanha, a agência AFP [França], a agência AP e CNN [EUA], e várias televisões daqui», criticou, citado pela TeleSur.

Maduro alertou que, depois de divulgados os resultados das eleições de 28 de Julho, esses «aliados da direita e do fascismo» vão começar a «gritar fraude», como já o começaram a fazer.

O candidato a um terceiro mandato presidencial consecutivo disse que o governo do país sul-americano já conhece «essa história e esse filme», em que, no final, «ganha o povo venezuelano e a união civil-militar».

Nicolás Maduro, que denunciou as intenções de «transformar a Venezuela na Argentina de Milei» e alertou para as consequências de uma eventual vitória da direita no seu país, com políticas de submissão ao FMI, perguntou aos presentes se «o caminho da Venezuela é tornar-se uma colónia dos gringos».

Denúncia do apagão mediático

Também ontem, Jorge Rodríguez, líder do Comando Nacional da Campanha «Venezuela Nuestra», de apoio a Nicolás Maduro, insistiu nas denúncias do apagão mediático sobre a campanha eleitoral do candidato do Gran Polo Patriótico.

Tudo isto em conluio com a extrema-direita, que persiste na tentativa de negar a realidade, numa «espécie de Juan Guaidó 2.0», semelhante a «um 11 de Abril eleitoral» (alusão ao golpe de Estado de 2002 contra Hugo Chávez), com o propósito de construir «uma meta-realidade que sirva para os seus fins distintos dos pacíficos, constitucionais e legais».

Neste sentido, revelou que já «têm um centro em Miami» e que a partir dali «vão cantar fraude numa transmissão oficial».

«É curioso que já estejam a falar de fraude quando faltam seis dias para as eleições presidenciais», disse Rodríguez, referindo-se ao facto de um dos dez candidatos (o da direita extrema) «já estar a armar uma patranha» e de as «agências internacionais se encarregarem de armar uma mentira sobre essa mentira» para «afectar e atacar o processo eleitoral venezuelano».

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