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Brasil vai retomar o programa «Mais Médicos»

Entre as prioridades do secretário de Atenção Primária do Ministério brasileiro da Saúde, está a reversão da cobertura de vacinação e o regresso do «Mais Médicos», dando preferência a médicos brasileiros.

Créditos / deolhonosruralistas.com.br

Numa entrevista ao G1, a que o Portal Vermelho faz referência, Nésio Fernandes falou do cenário na área da Saúde e das prioridades neste momento, em que se afigura necessário reconstruir políticas públicas para defender a saúde da população.

O negacionismo e o desprezo pela ciência do governo de Bolsonaro deixaram marcas no país sul-americano. Referindo-se a essa herança, o ex-secretário de Saúde do estado do Espírito Santo afirmou que «o grau de hesitação vacinal que está presente hoje na população não tem paralelo na história recente do país».

Fernandes lembrou que «grupos antivacina foram acolhidos pelo governo federal» e que «grande parte da população acabou seguindo essas teses legitimadas pela instituição, pelo Ministério da Saúde».

Para enfrentar a baixa cobertura de imunização para várias doenças, o governo de Lula da Silva tem nos seus planos a realização de um Pacto Nacional pela Vacinação.

Neste sentido, devem ser tomadas algumas medidas urgentes, entre as quais se contam aumentar o horário de atendimento das salas de vacinação; realizar acções de imunização itinerante em escolas e terminais de autocarros, e fazer campanhas de comunicação sobre a importância e a necessidade da vacinação para a saúde individual e colectiva.

Retomar o programa «Mais Médicos», extinto no governo anterior

Outro ponto destacado pelo secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde é garantir que os brasileiros são atendidos nos centros de saúde de todo o país. Para tal, vai regressar o programa «Mais Médicos», abandonado por Bolsonaro, com vagas para nacionais e estrangeiros.

Ao jornal Folha de S. Paulo, Fernandes disse: «A agenda de retomar o Mais Médicos é imediata. Queremos colocar médicos em todos os municípios brasileiros em um curto período de tempo.»

Explicou que, na ocupação de vagas, a ideia é dar prioridade aos médicos brasileiros com registo nos conselhos regionais e a médicos brasileiros formados no estrangeiro. As vagas que sobrarem ficam para os estrangeiros que encaixam nos critérios estabelecidos pela legislação brasileira, precisou.

Segundo referiu, existem cerca de 300 municípios sem médicos em unidades de saúde da família há mais de um ano e quase 800 não conseguem manter esses profissionais.

Instituído em 2013, durante o governo de Dilma Rousseff, o «Mais Médicos» procurou garantir a presença de médicos nacionais e estrangeiros em zonas pobres e remotas do país sul-americano.

Cuba deu um contributo fundamental para a implementação do programa ao longo de cinco anos, período em que cerca de 20 mil colaboradores da Ilha atenderam mais de 113 milhões de pacientes em mais de 3600 municípios. A dada altura, os cubanos chegaram a constituir 88% de todos os médicos participantes no «Mais Médicos».

Face às contingências impostas e às declarações depreciativas da parte de Jair Bolsonaro, a 14 de Novembro de 2018, o Ministério de Saúde Pública de Cuba anunciou a saída do programa, sublinhando que «os povos da Nossa América e do resto do mundo sabem bem que podem contar sempre com a vocação humanista e solidária dos nossos profissionais».

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