Em simultâneo, Arce celebrou a intenção do governo de Castillo de reintegrar e reforçar a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
Na sua conta de Twitter, o presidente boliviano escreveu: «Saudamos a decisão do Presidente Pedro Castillo para que o Peru se retire do intervencionista Grupo de Lima e integre a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos.»
«A Pátria Grande avança para uma nova etapa de integração baseada no respeito e na solidariedade entre os povos», acrescentou.
De acordo com o diário mexicano La Jornada, na semana passada, o ministro dos Negócios Estrangeiros peruano, Héctor Béjar, anunciou a retirada do seu país do Grupo de Lima, tendo em conta a política externa não intervencionista que é defendida pelo governo de Castillo.
Béjar disse que, a quatro anos da criação do Grupo de Lima, que foi instaurado para apoiar a oposição golpista venezuelana com vista a uma mudança de governo em Caracas, os seus participantes tinham mudado de ponto de vista, notícia a Agencia Boliviana de Información (ABI).
Desta forma, o Peru juntou-se ao México, à Bolívia e à Argentina na lista de países que subscreveram a criação do Grupo de Lima e o abandonaram, embora o caso peruano assuma particular destaque, na medida em que a capital do país está associada ao nome do grupo.
O ministro peruano já tinha afirmado que o seu país iria trabalhar em prol da união continental, tendo por base o respeito pela soberania dos povos, refere o diário argentino Página 12.
Neste sentido, referiu que o Peru vai dar prioridade à integração regional, ao reforço da Celac e à reactivação da União das Nações Sul-americanas (Unasul).
No que respeita aos bloqueios e às medidas coercivas unilaterais, foi enfático a condená-los. Questionado sobre se iria reunir-se com o embaixador em Lima do governo-fantasma de Juan Guaidó, reconhecido pelos governos peruanos anteriores, disse: «Não sei quem é esse senhor, não o conheço.»
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