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Defesa da paz vincada na Colômbia em sessão solidária com Cuba e Venezuela

A cidade colombiana de Palmira acolheu a sessão Solidariedade Continental com Cuba e Venezuela, na qual se vincou a defesa da paz e a oposição a qualquer tipo de ingerência nos países latino-americanos.

A oposição a qualquer tipo de ingerência externa na América Latina ficou patente na sessão solidária com Cuba e Venezuela em Palmira (Colômbia) Créditos / cubainformacion.tv

O evento, que decorreu esta quinta-feira no Centro de Convenções de Palmira (departamento de Valle del Cauca), precedeu a realização do 34.º Encontro Nacional de Solidariedade com Cuba na Colômbia, de 5 a 7 de Setembro na cidade vizinha de Cáli.

Ao intervir, o presidente do Partido Comunista da Colômbia, Jaime Caicedo, classificou a Ilha como «excelente, humana, profundamente criadora e transformadora».

«O povo de Cuba representa não apenas a permanência da dignidade, do exemplo, mas também do apelo para que a solidariedade continue a ser um pilar fundamental. A solidariedade com Cuba é a solidariedade com toda a América Latina», frisou, citado pela Prensa Latina.

Caicedo denunciou ainda as tentativas de ingerência norte-americanas na região com o pretexto da luta contra o narcotráfico, em particular contra a Venezuela, e chamou a atenção para o crescimento das expressões fascistas em diversas partes do mundo.

No que respeita à Venezuela, o coordenador nacional do Movimento de Amizade e Solidariedade Venezuela-Cuba, Jhonny García, afirmou que no seu país as milícias populares se preparam para a defesa da integridade territorial, da independência e da soberania.

García lembrou que o envio de navios com armas nucleares para as costas venezuelanas viola o Tratado de Tlatelolco (Cidade do México, 1967), que proíbe a utilização desse tipo de armamento em território latino-americano.

Ocupar o espaço dos que querem dividir e tudo privatizar

Por seu lado, o coordenador-geral da Rede Continental Latino-americana e Caribenha de Solidariedade com Cuba e as Causas Justas, Norberto Galiotti, repudiou a atitude militarista assumida pelos EUA e referiu-se ao papel que os povos devem desempenhar para travar a máquina de guerra de Washington.

«Se estivermos dispostos a construir a paz, que é construir um mundo melhor, ocuparemos o espaço daqueles que procuram dividir ou tudo privatizar, daqueles que procuram instalar bases militares nos nossos países», declarou.

Já Rogelio Martínez, em representação da Embaixada de Cuba na Colômbia, abordou a questão do bloqueio económico, financeiro e comercial que os EUA impõem à Ilha, visando privar o povo cubano de bens essenciais e provocar uma mudança de regime.

Martínez recordou que os sucessivos governos dos EUA tomaram medidas nesse sentido desde o triunfo da revolução, através de leis como a Helms Burton ou da inclusão de Cuba na lista unilateral de países que alegadamente patrocinam o terrorismo.

Encontro Nacional de Solidariedade com Cuba na Colômbia

A sessão solidária com Cuba e Venezuela, em Palmira, antecedeu o 34.º Encontro Nacional de Solidariedade com Cuba na cidade de Cáli, que começou ontem e se prolonga até domingo, centrando-se na exigência do levantamento do bloqueio imposto pelos EUA à Ilha.

A iniciativa, que está a decorrer na sede do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação do Valle (Sutev), inclui debates sobre o pensamento de José Martí; fóruns sobre o recrudescimento do bloqueio e a solidariedade como resposta; mesas de trabalho dedicadas à juventude, à solidariedade, à comunicação contra-hegemónica contra o imperialismo, e uma sessão plenária para debater as conclusões e aprovar um plano de trabalho a seguir.

Em declarações à Prensa Latina, a coordenadora da Juventude do Comité de Amigos de Cuba em Cáli, Sara Palmezano, disse que o encontro irá definir as bases para as acções solidárias a desenvolver com Cuba, sendo igualmente uma plataforma de repúdio por todas as formas de intervencionismo imperialista.

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