Numa conferência de imprensa ontem dada na sede do Ministério Público (MP) em Caracas, o procurador-geral da República da Venezuela, Tarek William Saab, explicou que, no âmbito das investigações sobre o atentado contra o chefe de Estado, perpetrado a 4 de Agosto de 2018, foram indiciadas 38 pessoas, 31 das quais estão actualmente na prisão (às restantes sete foram aplicadas medidas alternativas à privação da liberdade).
O procurador acrescentou que existem mandados de detenção para mais 15 pessoas, mas que estas se encontram fora do país. Neste sentido, disse esperar que «a Colômbia e os Estados Unidos entreguem à Venezuela» as pessoas que são alvo de investigação criminal, informa a AVN.
No que respeita à tentativa de golpe de Estado conhecida como «Operação Liberdade», executado no passado dia 30 de Abril, William Saab, referiu que há 34 indivíduos sob investigação, 17 dos quais foram presos e indiciados.
Fazendo uma espécie de balanço da actividade da instituição que dirige, o procurador lembrou que «este ano esteve marcado por acções desestabilizadoras», sublinhando, no entanto, que «cada um dos responsáveis será julgado por essas acções», refere a Prensa Latina.
Na conferência de imprensa, Saab destacou ainda o papel do MP na luta contra a corrupção e contra o narcotráfico, tendo revelado que, ao longo deste ano, a instituição recebeu 3464 casos relativos a narcotráfico.
«A Nossa América quer o fim da produção de drogas na Colômbia e dos pacotes neoliberais na Argentina»
«A Nossa América quer o fim da produção e tráfico de drogas, violação de Direitos Humanos, o fim da guerra, do paramilitarismo, dos "falsos positivos" e da narcopolítica na Colômbia e o povo argentino quer o fim do infame e falhado pacote neoliberal selvagem de Macri», escreveu esta terça-feira o ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, Jorge Arreaza, na sua conta de Twitter.
Estas afirmações de Arreaza surgem na sequência das declarações de cariz intervencionista proferidas, no dia anterior, em Buenos Aires, pelos presidentes da Colômbia, Iván Duque, e da Argentina, Mauricio Macri.
O chefe de Estado argentino declarou a vontade de «acabar com o usurpador Nicolás Maduro», obliterando o facto de que o presidente venezuelano foi reeleito, em Maio de 2018, com mais de 67% dos votos. Por seu lado, Iván Duque pediu que se «acelere» o cerco diplomático de modo «a alcançar o fim da usurpação e da ditadura, o governo de transição e o reestabelecimento da democracia» na Venezuela.
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