|Palestina

Autoridades de saúde em Gaza alertam para situação humanitária

Mesmo com a trégua em vigor, a situação humanitária não conheceu melhorias significativas, devido à recusa da ocupação em deixar entrar ajuda suficiente, denunciam fontes no enclave.

Crianças palestinianas deslocadas caminham pelo meio de tendas improvisados ​​no bairro de Tel al-Hawa, na zona sul da Cidade de Gaza, a 29 de Novembro de 2025 Créditos / PressTV

Khalil al-Daqran, porta-voz do Hospital Mártires de al-Aqsa (Centro de Gaza), acusou a ocupação sionista de insistir na política da fome, sublinhando que os elevados índices de desnutrição ainda se mantêm.

Al-Daqran, citado por várias agências, disse que a falta de comida e medicamentos, juntamente com a inundação das tendas dos deslocados com águas residuais e da chuva, cria um ambiente propício à disseminação de doenças, especialmente entre as crianças.

A este propósito, sublinhou que a má-nutrição que atinge uma grande percentagem de menores afecta directamente a sua compreensão e crescimento.

Antes, Munir al-Barsh, responsável do Ministério da Saúde em Gaza, já havia afirmado que o sistema de saúde no território está colapsado devido à destruição das suas infra-estruturas e à grave escassez de abastecimentos essenciais.

Citado pelo diário Al Quds, o médico destacou que os hospitais não têm recursos, que as reservas de medicamentos se aproximam do zero e que os pacientes morrem à espera de tratamento.

Sublinhando as graves consequências para o enclave da falta de combustível, al-Barsh disse que entram na Faixa de Gaza apenas cinco camiões com material médico por semana, mesmo depois da trégua alcançada em Outubro.

«Estes números são insignificantes quando comparados com as necessidades da população», afirmou.

Bombardeamentos em Gaza, detenções na Cisjordânia

Este domingo, as forças de ocupação levaram a cabo bombardeamentos em vários pontos do enclave costeiro, dando seguimento a violações repetidas do acordo de cessar-fogo em vigor desde 10 de Outubro.

As agências Wafa e Anadolu registaram ataques aéreos da ocupação em Khan Younis e Rafah, no Sul do enclave, no campo de refugiados de al-Bureij, em Deir al-Balah (Centro), na Cidade de Gaza e Jabalia (Norte).

Desde o início do cessar-fogo, Israel violou o acordo cerca de 500 vezes e matou 354 palestinianos, revelaram as autoridades no enclave.

Também no domingo, as forças de ocupação levaram a cabo uma operação de grande envergadura na província de Salfit (Margem Ocidental ocupada), invadindo várias localidades e detendo dezenas de palestinianos, indica a Wafa.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui