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|Venezuela

Arreaza: a Colômbia transformou-se num «narco-Estado»

O chefe da diplomacia venezuelana destacou, esta terça-feira, que o seu país tem de defender a soberania face a grupos armados irregulares da Colômbia, em cujo lado da fronteira o «abandono é absoluto».

A Venezuela desmontou «falsas versões», difundidadas a partir da Colômbia, sobre o conflito com os grupos armados irregulares na fronteira, mas sublinhou que quer diálogo  e uma saída pacífica para a situação 
A Venezuela desmontou «falsas versões», difundidadas a partir da Colômbia, sobre o conflito com os grupos armados irregulares na fronteira, mas sublinhou que quer diálogo  e uma saída pacífica para a situação Créditos / @CancilleriaVE

«Enfrentámos o conflito fronteiriço na Colômbia para defender a nossa soberania, quando no país vizinho os grupos armados irregulares e do narcotráfico são protegidos pelo governo», afirmou ontem, em conferência de imprensa, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Jorge Arreaza.

Ao intervir, o diplomata quis marcar a posição do executivo venezuelano perante o conflito fronteiriço e as «falsas versões» da imprensa do país vizinho alinhada com a oligarquia colombiana, que, sublinhou, «distorcem a realidade do que se passa na região».

Segundo Arreaza, o abandono na fronteira do lado colombiano é absoluto. «Não sabemos quem controla esse território; às vezes parece ser de um grupo guerrilheiro ou de uma organização paramilitar ou de algum outro grupo», disse, citado pela TeleSur.

«O denominador comum no conflito é o narcotráfico que permeou a sociedade e o governo da Colômbia», indicou o diplomata, acrescentando: «O governo colombiano acusa a Venezuela de [ser um] narco-Estado, quando o único narco-Estado com provas irrefutáveis é o Estado colombiano, onde há cartéis, clãs e estruturas de crime organizado.»

Recordando as palavras de Hugo Chávez sobre a defesa do território venezuelano face às incursões dos grupos colombianos irregulares e a necessidade de não os deixar fixar-se e de os expulsar imediatamente, Jorge Arreaza disse que «a Venezuela fez mais em 17 dias que as Forças Armadas da Colômbia em 30 anos de conflito interno contra esses grupos, como quer que se chamem», refere a mesma fonte.

«A Colômbia abandonou a sua fronteira, não há Estado, não há autoridade pública; entregaram toda a sua fronteira aos grupos armados irregulares e os poucos elementos de segurança estão subordinados a essas organizações criminosas», frisou, tendo ainda acusado as organizações armadas que foram desalojadas junto à fronteira, no estado venezuelano de Apure, de estarem articuladas com o Exército colombiano.

Os territórios onde estão instaladas «as bases colombianas sob tutela das tropas dos EUA são um caos», pois ali «se produz, se processa e se distribui a droga» pela via do Pacífico, defendeu o diplomata, tendo ainda afirmado que a lavagem de dinheiro da venda da droga, com operações estruturadas e complexas, se realiza para adquirir propriedades.

Venezuela controla a zona de conflito

A Venezuela tem o controlo absoluto da localidade de La Victoria, no estado de Apure, onde se registaram os confrontos entre a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e os grupos armados irregulares colombianos, garantiu Arreaza, acrescentando que agora se está a proceder à limpeza da zona de minas anti-pessoais e de outros explosivos.

O ministro desmentiu que tenham fugido de La Victoria 6000 venezuelanos e disse que, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas, residem ali 3574 pessoas. Reafirmou que o conflito de grupos armados é da Colômbia, pelo que as autoridades venezuelanas não vão permitir que permaneçam em território nacional.

No passado dia 5, o executivo da Venezuela declarou três municípios do estado de Apure, na fronteira com a Colômbia, como zona de segurança.

Venezuela pedirá a López Obrador e à Celac a mediação do conflito

Arreaza informou que vai solicitar ao México que actue como mediador, de modo a abrir canais de diálogo com o governo da Colômbia, para que aborde a situação na fronteira.

Neste sentido, será enviada uma carta ao ministro dos Negócios Estrangeiros mexicano, Marcelo Ebrard, a solicitar a intervenção do presidente Andrés Manuel López Obrador e do seu governo.

Com o mesmo intuito – o de manter a paz ao longo da fronteira – será abordada a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).

Saída pacífica também com o apoio da ONU

A Venezuela vai solicitar junto da ONU a abertura de um canal directo permanente com a Colômbia sobre a questão fronteiriça, para que haja coordenação entre as forças públicas, disse o diplomata.

Jorge Arreaza referiu que esta semana foi enviada uma carta ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, com esse propósito. «Queremos garantir a paz e a segurança nesta região, que termine o conflito na Colômbia, que haja paz na Colômbia, sem que o conflito seja transferido para a Venezuela», afirmou, citado pela TeleSur.

Também foi envidada uma missiva a Ilene Cohn, do Serviço de Acção Anti-Minas das Nações Unidas, solicitando ajuda para desactivar as minas deixadas pelos grupos irregulares armados colombianos.

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