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Após meses de protestos, polícias e paramédicos acusados da morte de Elijah McClain

Dois anos após a morte de McClain, jovem negro de 23 anos, 5 pessoas foram acusadas por um grande júri no Colorado e vão a julgamento. Enfrentam acusações de homicídio involuntário e por negligência.

Cartaz a exigir justiça para Elijah McClain 
Cartaz a exigir justiça para Elijah McClain Créditos / Twitter

A decisão do grande júri de levar a julgamento três polícias e dois paramédicos envolvidos na violenta repressão e morte de Elijah McClain em 2019 ocorreu esta quarta-feira, 1 de Setembro.

O processamento dos agora réus surgiu na sequência de quase dois anos de luta e um ano depois dos levantamentos, a nível nacional, contra as mortes provocadas por agentes da Polícia nos Estados Unidos.

Os cinco indivíduos enfrentam 32 acusações, entre as quais se incluem homicídio involuntário e por negligência. O grande júri concluiu que os polícias recorreram a uso excessivo da força contra McClain mesmo não havendo nada que apontasse que estava a fazer algo de ilegal.

«Espero que apanhem pena perpétua», disse a mãe de Elijah, Sheneen McClain, em declarações à imprensa. «Para ser honesta, Elijah perdeu a vida. Sabes… não cresceu sendo um problema para ninguém. Estava a viver a sua vida da forma mais pacífica possível», acrescentou, citada pelo Peoples Dispatch.

McClain, jovem negro de 23 anos, foi detido em Aurora, no estado do Colorado, no dia 24 de Agosto de 2019, na sequência de uma chamada que dava conta de um comportamento alegadamente suspeito. Embora a pessoa que fez a chamada não tenha apontado qualquer comportamento ou actividade criminosa da parte de McClain, a Polícia tentou detê-lo de forma violenta.

«Não consigo respirar»

As imagens das câmaras corporais dos agentes mostraram McClain imobilizado no chão e colocado na posição – agora proibida – da pressão sobre a carótida, comummente designada como «estrangulamento». Podia-se ouvi-lo a suplicar aos agentes, a dizer-lhes repetidamente: «Não consigo respirar.» E terá vomitado várias vezes.

Os dois paramédicos que chegaram ao local mais tarde injectaram em McClain cerca de 500 mg de ketamina enquanto os agentes o agarravam. Um dos paramédicos que lhe administraram a dose de ketamina não conseguiu encontrar pulso em McClain, a quem foi declarada morte cerebral no dia 27 de Agosto e que veio a falecer no dia 30.

A morte esteve na origem de um grande movimento em Aurora, com a família de McClain e diversos activistas no estado do Colorado a fazerem pressão para que fosse realizada uma investigação a fundo e para que os polícias e os paramédicos fossem responsabilizados perante a Justiça, informa o Peoples Dispatch.

Juntamente com outros processos semelhantes de violência policial fatal, o caso de McClain entrou no foco mediático mundial durante os protestos relacionados com a morte de George Floyd, que agitaram os Estados Unidos em 2020.

Durante esta luta, três activistas em Denver foram presos e acusados ​​de organizar um grande protesto que reuniu mais de 5000 pessoas. No entanto, o movimento em prol da justiça para Elijah McClain não abrandou e as acusações contra os activistas acabaram por ser retiradas.

O Município de Aurora acabou por levar a efeito a investigação da morte do jovem em Fevereiro deste ano. O relatório da investigação criticou duramente tanto a versão da Polícia como a resposta dada pelos agentes e os paramédicos.

Também o procurador-geral realizou diversas investigações, relacionadas com a conduta do departamento policial e com os direitos civis.

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