«Esta reivindicação sustentada, que reclama justiça, é patente em todas as demonstrações de amor e solidariedade para com Cuba», destacou Bruno Rodríguez na sua conta de Twitter (X).
Como é hábito no último domingo de cada mês, ontem, amigos solidários do país caribenho e cubanos residentes no estrangeiro mobilizaram-se em várias partes do mundo para reclamar o fim do cerco económico, comercial e financeiro imposto à Ilha pelos Estados Unidos.
Em La Paz, na Bolívia, cubanos ali residentes e dezenas de bolivianos, militantes do Partido Comunista da Bolívia, do Movimento Guevarista/ELN e activistas do Movimento Boliviano de Solidariedade com Cuba concentraram-se na Praça de São Francisco para exigir o fim do bloqueio e a retirada de Cuba da lista unilateral de países patrocinadores do terrorismo.
Aproveitaram ainda a ocasião para expressar o apoio e a solidariedade ao povo palestiniano, tendo em conta o «massacre que Israel está a cometer em Gaza», e às camadas populares da Argentina, que «protestam contra o neoliberalismo brutal do seu actual governo», explicaram.
Na República Dominicana, o movimento solidário realizou duas caravanas contra o bloqueio norte-americano a Cuba em Santo Domingo, a capital, e na província de Santiago de los Caballeros, no Norte do país.
Em Perth, na Austrália, membros da Sociedade de Amizade Austrália-Cuba recordaram que o bloqueio foi imposto por Washington a Cuba há mais de 60 anos, exigiram a devolução ao país caribenho da zona donde se encontra base naval de Guantánamo, território ilegalmente ocupado pela administração norte-americana, e também deixaram patente a solidariedade com o povo palestiniano, especialmente na Faixa de Gaza cercada.
A exigência do fim do bloqueio fez-se sentir, em acções de solidariedade semelhantes, em países como Panamá, Belize, EUA (Miami), Canadá (Toronto e Otava), México ou Nigéria, indica a Prensa Latina.
Desde 1992, a esmagadora maioria dos países tem apoiado a resolução que Cuba apresenta na Assembleia Geral das Nações Unidas contra o bloqueio que lhe é imposto pelos EUA e de denúncia dos impactos dele decorrentes – só em 2020 Cuba não levou o texto ao plenário, devido à pandemia de Covid-19.