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|América Latina

América Latina perdeu 34 milhões de empregos no contexto da pandemia

Os trabalhadores, em especial as mulheres e os jovens, são as principais «vítimas colaterais» da pandemia de Covid-19 na América Latina, segundo revelou a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Rendimento de emergência e incentivo à agricultura familiar são indicações dadas pelos órgãos internacionais para combater os efeitos sociais aprofundados pelo coronavírus e impedir que a crise sanitária se torne uma crise de fome
A OIT destaca que a crise está a agudizar os elevados níveis de desigualdade na América Latina e Caraíbas CréditosMaurício Lima / Brasil de Fato

O número, incluído num relatório da OIT sobre o impacto da Covid-19 no mundo laboral, foi apresentado esta quarta-feira numa conferência de imprensa virtual pelo director do organismo para a América Latina e Caraíbas, Vinícius Pinheiro: pelo menos 34 milhões de pessoas perderam o emprego na região devido à pandemia.

Citado pela agência Prensa Latina, o funcionário referiu que a região «enfrenta um desafio sem precedentes» e que a «pior crise laboral da história» poderá agravar as desigualdades que atingem quase todos os países desta área.

Segundo Vinícius Pinheiro, a América Latina enfrenta falhas estruturais que se agudizaram com a pandemia, como a baixa produtividade, a grande desigualdade de rendimentos, a falta de oportunidades de trabalho e uma elevada percentagem de trabalhadores ilegais e precários.

O responsável indicou que, segundo dados preliminares, no terceiro trimestre se registou uma recuperação da actividade económica e do emprego. Notou, no entanto, que «o impacto da Covid-19 no trabalho e nas empresas foi enorme», pelo que «o caminho a percorrer é longo».

Camadas com menos recursos mais afectadas pelo desemprego

O número agora avançado pela OIT não abrange a totalidade da região, uma vez que se baseia em dados de nove países que representam 80% da força de trabalho regional.

Nestes países – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Paraguai, Peru e Uruguai –, a taxa de ocupação atingiu uma média de 51,1% no primeiro semestre do ano, sendo «o menor valor mínimo histórico», refere o relatório.

O texto destaca que «os trabalhadores mais afectados pela crise se encontram nas camadas populacionais com menos recursos» e que a crise está a agudizar os elevados níveis de desigualdade na América Latina e Caraíbas.

Refere ainda que os jovens, as mulheres e os adultos com menos qualificações são os mais afectados pela falta de trabalho.

Neste sentido, Pinheiro exortou os países da região a «adoptarem estratégias imediatas» de combate aos problema, defendeu a criação de mais e melhor emprego, e propôs a formalização de pactos que garantam a protecção social e conduzam a «modelos de desenvolvimento mais sustentáveis e inclusivos».

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