Os subscritores da «carta latino-americana de boicote a Israel» recusam-se a participar em qualquer tipo de intercâmbio ou cooperação académica com «qualquer instituição israelita cúmplice, o Estado de Israel ou aqueles que os representem oficialmente».
Também se comprometem a não receber «nenhum tipo de financiamento ou patrocínio de qualquer instituição israelita cúmplice ou do Estado de Israel», até que Israel «respeite os direitos políticos e humanos do povo palestiniano, estipulados pela ONU».
Até ao momento a declaração foi subscrita por mais de 220 académicos de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Guatemala, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, Uruguai e Venezuela.
Seguindo as orientações estabelecidas pela Campanha Palestiniana para o Boicote Académico e Cultural a Israel (PACBI, na sigla em inglês), os investigadores e professores universitários pedem também às instituições onde trabalham e aos ministérios da Educação dos seus países que suspendam a cooperação com as universidades israelitas cúmplices com a ocupação e o regime de apartheid que impõe.
Esta iniciativa dirige-se a instituições académicas israelitas e «não contra qualquer académico individual», explica o texto, acrescentando que o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), defendido pela grande maioria da sociedade palestiniana e os seus principais sindicatos, «rejeita todas as formas de racismo e discriminação, incluindo o anti-semitismo».
O movimento de boicote a instituições académicas israelitas que desempenham um papel determinante na ocupação da Palestina, cooperam com o Exército israelita e assumem políticas discriminatórias contra estudantes palestinianos, surgido em 2004, tem ganho uma expressão crescente entre organizações judaicas e académicos israelitas, destaca a declaração latino-americana.
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