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Trabalhos de restauro preservam valores do muralismo mexicano

Por iniciativa do governo do México, um grupo de criadores está a realizar trabalhos de «conservação preventiva» em 17 peças monumentais do Palácio de Belas Artes, na capital federal.

«El hombre controlador del universo», de Diego Rivera, é um dos murais no Museu do Palácio de Belas Artes, na Cidade do México 
«El hombre controlador del universo», de Diego Rivera, é um dos murais no Museu do Palácio de Belas Artes, na Cidade do México Créditos / Prensa Latina

Os trabalhos de conservação deste património artístico do país latino-americano, que arrancaram esta semana e se devem prolongar até Novembro, «enchem de orgulho e satisfação» os seus executantes, informa a Xinhua, que os contactou já em plena azáfama de restauro.

«É um grande orgulho poder ter nas nossas mãos obras murais tão importantes para todo o país e para todo o mundo», afirmou Ángel Ernesto Perea, restaurador-perito do Centro Nacional de Conservação e Registo do Património Artístico Móvel.

Perea, que é um de vários especialistas envolvidos no projecto, explicou que o restauro se baseia na «teoria da intervenção mínima» e que o trabalho deste grupo consiste em retirar pó acumulado nas pinturas, em lidar com pequenas salpicaduras provocadas pelo ambiente e em retocar a cor.

Desta forma, procuram devolver ao seu esplendor o conjunto de murais do Museu do Palácio de Belas Artes (Cidade do México), classificados como Património da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Em declarações à Xinhua, Jacobo García, da Oficina de Restauro do Instituto Nacional de Belas Artes e Literatura (INBAL), destacou a dimensão deste trabalho sobre as pinturas, que «têm uma grande importância pelo que representam» e por serem «muito emblemáticas do movimento muralista mexicano».

Vista de «Nueva democracia», de David Alfaro Siqueiros / Pinterest

Expoentes do muralismo mexicano

O conjunto integra obras de expoentes do muralismo mexicano como Diego Rivera e José Clemente Orozco. Sobre o talento do primeiro, o museu afirma, no seu portal, que pode ser apreciado nas zonas conhecidas como Pátio do Trabalho e Pátio das Festas, onde estão patentes cenas associadas a actividades laborais, o conceito de transformação do ser humano, a fertilidade, celebrações mexicanas e as lutas sociais do país.  

Entre as 17 obras murais que o Museu do Palácio de Belas Artes exibe de forma permanente, contam-se El hombre controlador del universo, Tercera Internacional, Carnaval de la vida mexicana La historia de México, de Diego Rivera; Nueva Democracia, Tormento de Cuauhtémoc e Apoteosis de Cuauhtémoc, de David Alfaro Siqueiros.

Ainda Katharsis, de José Clemente Orozco; Nacimiento de nuestra nacionalidad e México de hoy, de Rufino Tamayo; Liberación, de Jorge González Camarena; Alegoría del viento, de Roberto Montenegro; e La Piedad en el desierto, de Manuel Rodríguez Lozano.

Surgido nos anos 20 do século passado, na sequência da revolução mexicana, o movimento do muralismo procurou plasmar a visão da identidade nacional retratando a situação social, política e cultural do país.

Neste movimento plástico, em que é possível reconhecer diferentes etapas entre os anos 20 e 50, são constantes as preocupações com a dimensão social, bem como o pendor pedagógico dos artistas, que procuravam divulgar de forma abrangente a cultura e a vida mexicanas. Por esta razão, a maioria das suas obras foi realizada nas paredes de edifícios públicos.

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