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27 de Março é Dia Mundial do Teatro

«Nós não fazemos o teatro existir, é mais graças a ele que nós existimos»

Um pouco por todo o País assinala-se o Dia Mundial do Teatro. A mensagem deste ano tem a assinatura da actriz francesa Isabelle Huppert, a oitava feminina em 55 anos de efeméride.

Isabelle Huppert
Isabelle HuppertCréditos / Guia da Semana

O Dia Mundial do Teatro é uma iniciativa da UNESCO, através do Instituto Internacional do Teatro, que se assinala desde 1962. Na mensagem deste ano, Isabelle Huppert apresenta-se como uma das «muito numerosas pessoas graças às quais o teatro continua a existir».

A actriz francesa confia que «o teatro é muito forte, resiste, sobrevive a tudo, às guerras, às censuras, à falta de dinheiro», e que resiste sobretudo enquanto necessidade básica de quem o faz. «É como se disséssemos: Nós não fazemos o teatro existir, é mais graças a ele que nós existimos», refere. A asfixia do teatro, e da cultura em geral, no governo do PSD e do CDS-PP, com o aumento do IVA de 6% para 13% nos espectáculos culturais e a extinção do Ministério da Cultura, entre outras medidas, corrobora em parte o pensamento de Huppert, uma vez que várias estruturas não resistiram.

Esta noite, um pouco por todo o País, apresentam-se programas que homenageiam o teatro e quem o torna possível. Aqui ficam algumas sugestões.

Romeo Castellucci nos teatros nacionais de Lisboa e Porto

Os teatros D. Maria II, em Lisboa, e São João, no Porto, abrem as portas ao público, com entrada livre. Em comum, os dois palcos nacionais têm uma programação em torno do dramaturgo e encenador italiano Romeo Castellucci, presente em Portugal no âmbito da BoCA - Biennial of Contemporary Arts.

Em Lisboa, o Teatro Nacional D.Maria II vai apresentar a «acção teatral» Ethica. Natura e origine della mente, de Romeo Castellucci, inspirada em A natureza ou a origem da mente, o segundo dos cinco livros de Ética, de Espinosa (1632-1677). A acção, que tem início às 16h e às 19h, prolongar-se-á numa conversa com o encenador, a partir das 20h, moderada pelo poeta José Tolentino Mendonça.

O espectáculo, estreado em Lisboa no sábado passado, é apresentado no âmbito da primeira edição da BoCA - Biennial of Contemporary Arts, que termina a 30 de Abril.

As celebrações do Dia Mundial do Teatro, no D. Maria, contam ainda com as narrativas de Tiranossauro Rex-Procedimento básico de memorização e esquecimento, do brasileiro Alex Cassal, que percorrem o edifício, e com a representação, a partir das 21h, de Ensaio para uma cartografia, da encenadora e actriz Mónica Calle.

No Porto, o ciclo dedicado ao dramaturgo, encenador e artista plástico italiano termina amanhã, com duas iniciativas no Mosteiro de São Bento da Vitória: uma masterclass dirigida por Castellucci, às 15h, e a apresentação de Júlio César - Peças Soltas, intervenção dramática sobre William Shakespeare, integrada na BoCa - Biennial of Contemporary Arts, com récitas às 17h e às 21h.

Sem dó nem piedade

É o espectáculo que se apresenta, a partir das 21h30, no centenário Teatro de Carnide, em Lisboa, a partir do livro Crímenes Ejemplares, de Max Aub. Encenado por Sofia Ângelo, este espectáculo foi concebido pelos alunos do curso de interpretação do Teatro de Carnide.

Almada - espectáculos de entrada livre 

«A Noite da Iguana», de Tennessee Williams, apresenta-se na sala principal do Teatro Municipal Joaquim Benite (TMJB). O trabalho encenado por Jorge Silva Melo e protagonizado por Nuno Lopes, Maria João Luís e Joana Bárcia, sobe ao palco, a partir das 21h30, pelos Artistas Unidos.

À mesma hora, mas no Auditório Municipal Jorge Lopes-Graça, estará em cena a peça Bonecos de Luz, uma adaptação da obra de Romeu Correia, encenada por Rodrigo Francisco. Integrada nas comemorações do centenário do escritor almadense, pode ser vista até ao dia 2 de Abril.

A Companhia de Teatro de Almada assinala o 27 de Março no TMJB com a leitura pública da peça «Migrantes», cuja estreia está agendada para o dia 21 de Abril, pelas 17h, na Sala Experimental. Pelas 19h, no foyer, decorre o lançamento do livro Ricardo Pais: Aprender a esquecer.

Em homenagem ao Dia Mundial do Teatro e ao 23.º aniversário do grupo Teatro Extremo, estreia hoje também no Teatro-Estúdio António Assunção, em Almada, a peça Circuito Habitual onde um informador, cidadão de conduta exemplar, passa a ser suspeito dos mesmos crimes que denunciou.

Jean Genet em Cascais

O Teatro Experimental de Cascais estreia Splendid's, do dramaturgo francês Jean Genet, com encenação de Carlos Avilez e interpretação de Filipe Duarte, João Jesus e Teresa Côrte-Real, no Teatro Municipal Mirita Casimiro. A peça fica em cena até ao dia 14 de Maio.

Brecht nas Caldas da Rainha

Nas Caldas, o Teatro da Rainha escolhe o dramaturgo alemão Bertolt Brecht e o poeta português Herberto Helder para uma sessão de poesia, com uma mensagem de apelo a políticas que promovam «um teatro e uma democracia mais adultos».

Para o Teatro das Caldas, «os dias mundiais são convenções que, dependendo das circunstâncias, são manifestações mais festivas, ou puras formas de resistência». Neste sentido, defende num comunicado que «não se pode ignorar» nesta data «uma regressão do espaço de exercício da sua [do teatro] força institucional», «estando por assim dizer acantonado».

Para ver ou escutar sem sair de casa

A Antena 2 apresenta O doido e a morte, de Raul Brandão, numa produção dos Artistas Unidos. A emissão tem início às 21h, no programa Teatro Sem Fios.

A versão radiofónica de A Comédia da Máscara, do dramaturgo francês Jean Variot, pelo Trigo Limpo Teatro ACERT, será transmitida por estações como a Antena Livre, Emissora das Beiras, Rádio Limite, Rádio Jornal do Centro, Rádio Lafões, e através dos sites da Rádio Universidade Sénior de Nelas e do Rádio Clube do Dão.

A nova versão surge em colaboração com a Fundação Lapa do Lobo e o Núcleo Museológico da RTP, que retoma uma antiga produção da RDP.

 

Com Agência Lusa

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