«Não podemos aceitar que a ACT [Autoridade para as Condições do Trabalho] se assuma, já sem quaisquer disfarces, como uma entidade "amiga" para as empresas», afirma o Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação e Bebidas (Sintab/CGTP-IN).
Desde Fevereiro, altura em que o Sintab denunciou a segregação dos trabalhadores que recusaram a proposta de rescisão da empresa, e requereu uma acção inspectiva à ACT, nada mudou e não foi aberto nenhum processo.
Esta semana, o sindicato denuncia que os trabalhadores que haviam recusado a proposta de rescisão da empresa voltaram a ser discriminados ao não serem convocados para uma reunião geral onde se apresentaram cenários de futuro.
As recentes notícias do agendamento dos trâmites finais da venda do grupo Sousacamp são, no entender do sindicato, um «bom prenúncio» por anteciparem a «evidência de continuidade e viabilidade do futuro da empresa e dos postos de trabalho», sobretudo por envolverem outros agentes que não de «interesse meramente financeiro» e já «conhecedores da indústria e mercado da alimentação».
Porém, o Sintab lembra que «as boas notícias efectivar-se-ão apenas se esta nova fase determinar, sem equívocos, o fim da actual, extremamente negra e atentatória dos direitos e da dignidade dos trabalhadores».
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