O Movimento dos Trabalhadores em Arquitectura (MTA) tornou pública, no Dia do Trabalhador, a decisão colectiva de iniciar o processo de constituição enquanto sindicato, para unir «arquitectos e arquitectos paisagistas, desenhadores e maquetistas, estagiários e demais trabalhadores do sector».
«Dezenas de trabalhadores demonstraram na marcha do 25 de Abril e do 1.º de Maio, tanto no Porto como em Lisboa, a inequívoca vontade dos trabalhadores em arquitectura em formalizar o sindicato, que se mostra cada vez mais imprescindível face às denúncias e situações que chegam ao Movimento», pode ler-se no comunicado.
Após um ano de acompanhamento a trabalhadores na resolução de problemas laborais, o MTA manteve o contacto regular com a União de Sindicatos do Porto e de Lisboa, e nos últimos meses reuniu com a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) alertando para a grave situação do sector, onde «o incumprimento da lei é a regra», refere a nota.
A criação do sindicato será «um passo essencial para a valorização do trabalho em Arquitectura», afirma o MTA, acrescentando que, desta forma, os trabalhadores ganharão «poder e capacidade negocial» para lutar por contratos colectivos e tabelas salariais que promovam a melhoria do seu nível de vida e melhores condições de trabalho para todos.
«Apenas com a formalização do sindicato se conseguirá exercer com protecção legal para os trabalhadores o direito à greve, a obrigatoriedade de audição e consulta por parte dos governos em matérias respeitantes ao sector», sublinha o movimento.
O MTA explica que, a partir do terceiro trimestre de 2021, será lançado um processo de discussão que, presencialmente e com todos os cuidados que a cada momento se mostrem necessários devido à situação pandémica, chegará a diversos pontos do País, na forma de reuniões e plenários, onde serão discutidos todos os temas a que o MTA se tem dedicado, com todos os trabalhadores que a ele se queiram juntar.
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