Arrancou hoje a semana de protestos dos trabalhadores da EMEF, que decorre de 12 a 16 de Março e foi marcada na sequência da greve e manifestação nacional, realizadas a 20 de Fevereiro. Ambas foram convocadas pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF/CGTP-IN).
O início da semana coincide com a greve na Infraestruturas de Portugal por aumentos salariais, uma reivindicação também assumida pelos trabalhadores da EMEF, pendentes desde 2009. A questão é transversal no sector ferroviário, porém, só na CP houve aumentos, após a greve marcada para 19 de Fevereiro.
Os trabalhadores exigem igualmente a reintegração da empresa na CP e contestam o processo de divisão da EMEF em agrupamentos complementares de empresas (ACE), decisão que o SNTSF afirma tratar-se de uma «privatização parcial da empresa». Rejeitam ainda a «entrega de trabalho a privados, alguns a laborarem no interior das oficinas e com resultados duvidosos e custos mais elevados».
Outras reivindicações passam pelo fim dos vínculos precários na empresa e a passagem a efectivos de todos os trabalhadores nessa situação, expressa na exigência de reintegração de dez trabalhadores de Santa Apolónia. Além disso, defendem mais formação profissional e a revisão do regulamento das carreiras.
Segundo o SNTSF, a EMEF é uma empresa «com futuro», desde que se proceda a um conjunto de medidas para dotá-la de meios. A contratação de trabalhadores «para suprimir as faltas existentes» e permitir o «rejuvenescimento dos efectivos» é um exemplo apontado.
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