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Operador especializado em Espinho ganha menos 41 euros que colega a três quilómetros

Trabalhadores do Pingo Doce contra discriminação salarial

Os trabalhadores do Pingo Doce estiveram em protesto, na passada segunda-feira, junto à loja de Espinho contra as discriminações salariais na empresa e no sector. Quinta-feira, 28, concentram-se junto à sede da empresa, em Lisboa.

Concentração junto à loja do Pingo Doce de Espinho, promovida pelo CESP, contra as discriminações salariais na empresa. 25 de Setembro de 2017
Concentração junto à loja do Pingo Doce de Espinho, promovida pelo CESP, contra as discriminações salariais na empresa. 25 de Setembro de 2017Créditos / CESP

A acção contou com a participação de trabalhadores da cadeia de supermercados e de activistas do Sindicato dos Trabalhadores do Comércios, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), que promoveu o protesto. Já na passada sexta-feira, dia 22, os trabalhadores do Continente protestaram contra as discriminações salariais em função da região do País em que prestam serviço, nas lojas de Coimbra.

Os trabalhadores do sector reivindicam o fim da tabela B que consta do contrato colectivo do sector, pretensão que é rejeitada pela associação patronal, presidida pela Jerónimo Martins (dona do Pingo Doce). Em causa está a aplicação de uma tabela remuneratória diferenciada de acordo com a região do País, com as empresas a praticarem salários mais baixos fora dos concelhos de Lisboa, Porto e Setúbal, apontou Cláudia Pereira, dirigente do CESP, em declarações à Lusa.

A loja do Pingo Doce em Espinho é demonstrativa da situação, já que um operador especializado daquele estabelecimento ganha menos 41 euros do que um trabalhador com a mesma categoria profissional da loja de São Félix da Marinha, que fica no concelho de Vila Nova de Gaia (distrito do Porto), apesar de distarem apenas três quilómetros, exemplificou a dirigente sindical.

Impasse no processo negocial

Num boletim sindical do CESP dirigido aos trabalhadores do Pingo Doce, o sindicato informa que a associação patronal – APED – e as empresas de distribuição «insistem na retirada de direitos como condição para aumentar salários e corrigir injustiças», como a redução do trabalho suplementar e uma maior desregulação dos horários, condições que o sindicato não aceita.

Para além do fim da tabela B, os trabalhadores do Pingo Doce reivindicam a valorização das carreiras profissionais, «garantindo a diferenciação entre as várias categorias e níveis», e a correcção da carreira profissional dos operadores de armazém e sua promoção automática até ao nível de operador especializado.

Defendem ainda o respeito pelo contrato colectivo de trabalho, «nomeadamente no que respeita à organização dos horários de trabalho e descansos semanais», e o fim «dos ritmos de trabalho brutais devido à falta de pessoal e à pressão das chefias para cumprir objectivos». Também reivindicam «medidas urgentes na segurança, higiene e saúde nos locais de trabalho».

O CESP lembra ainda que está convocada para 28 de Setembro um «dia de luta dos trabalhadores das empresas de distribuição», com pré-aviso de greve para os armazéns e várias lojas, e uma concentração marcada paras as 11h, no Campo Grande, em Lisboa, junto à sede do Pingo Doce/Jerónimo Martins.

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