Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|Indústria alimentar

Trabalhadores da Varandas de Sousa exigem resposta ao caderno reivindicativo

A greve a realizar dia 16 já foi agendada há um mês, para que houvesse uma resposta atempada ao caderno reivindicativo por parte da empresa. Mas tal não aconteceu.

Em comunicado emitido esta terça-feira, o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab/CGTP-IN) afirma que a greve, de 24 horas, constitui precisamente uma acção de protesto contra a falta de resposta da administração.

Também por isso, os trabalhadores da Varandas de Sousa (ex-Sousacamp) vão realizar acções de denúncia à porta das três unidades de produção da empresa (Vila Flor, Vila Real e Paredes).

O aumento dos salários é uma das exigências que constam do caderno reivindicativo apresentado, tendo em conta o «extraordinário aumento do custo de vida», a que é impossível dar resposta «com o salário mínimo nacional, generalizado na empresa», defende o sindicato.

Outra reivindicação relaciona-se com a melhoria do subsídio de refeição, que é actualmente de 2,5 euros, «claramente insuficiente para pagar ou adquirir qualquer refeição, por mais modesta que seja».

«Esta reivindicação adquiriu importância maior quando a empresa decidiu aplicar, aos trabalhadores não sindicalizados no Sintab, um subsídio de refeição mais alto determinado por um contrato colectivo assinado, a preceito, por um sindicato da UGT, que impõe o regime de banco de horas e determina o corte pela metade ao valor das horas extra», lê-se no texto.

Segundo explica a organização representativa dos trabalhadores, «isto tem servido de meio de chantagem por parte da empresa, discriminando trabalhadores no recurso ao trabalho suplementar, sugerindo-lhes o fim da sindicalização para que, aceitando ganhar menos pelas horas extra, recebam um subsídio de refeição melhor (ainda assim insuficiente)».

«Desinteresse pelas pessoas» num sector em que elas assumem um papel único

Estas situações estão na origem de «confrontos entre chefias e trabalhadores, por pressão da administração, que redundam em inúmeras acções discriminação, pressão excessiva, controlo individualizado a alguns trabalhadores, e excesso de chamadas de atenção sobre índices de produtividade sem que assegurem, primeiro, as condições mínimas de trabalho», denuncia o sindicato, acrescentando que isto se «tem reflectido na grande quantidade de trabalhadores com situações de lesões crónicas nos braços e ombros, bem como doenças profissionais».

A Varandas de Sousa mantém-se como líder do mercado ibérico de produção e comércio de cogumelos frescos, e detém a quase totalidade do mercado nacional, e, revela o Sintab, os accionistas estão a realizar um grande investimento na unidade de Vila Flor, mas sem que isso tenha equivalência ao nível das pessoas, «quer em formação, quer na melhoria das suas capacidades económicas e das suas vidas».

O Sintab critica esse «desinteresse» pelas pessoas num sector em que elas assumem papel único no processo de colheita, não havendo equipamentos industriais que substituam o processo manual e humano. «Prova disso tem sido a contínua opção por mão-de-obra estrangeira de legalidade questionável, que se verifica em crescendo em todas as unidades», denuncia.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui