|Vitórias Laborais

Trabalhadoras da Inditex de Aveiro derrotam a maior empresa de moda do mundo

Num testamento à força da unidade e da organização colectiva, as trabalhadores da Inditex (Zara, Pull&Bear, Massimo Dutti, Bershka, etc..) derrotaram os seus patrões, forçando-os a pagar todo o dinheiro que lhes era devido.

Greve de trabalhadores da Zara do Rossio, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), pelo «aumento dos salários de todos os trabalhadores em 15%, num mínimo de 150 euros, valorização das carreiras profissionais, fim da discriminação dos prémios, e fim da pressão e repressão». 27 de Dezembro de 2024
CréditosTiago Petinga / Agência Lusa

É a segunda vez, desde 2018, que a multinacional Inditex, dona de marcas como a Zara, Pull&Bear, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius, Oysho e Zara Home, deixou de pagar os salários de acordo com o Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) para o Comércio (Retalhista) de Aveiro, denuncia, em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN).

Tendo em conta que os salários pagos pela empresa são muito próximos do mínimo, seria expectável que a Inditex, com lucros de 22.3 mil milhões de euros em 2024, não tivesse problemas em cumprir a Lei portuguesa e aceitar os aumentos previstos no CCT. No primeiro caso, logo em 2018, «as trabalhadoras fizeram greve e fecharam a loja da Lefties em Aveiro, obrigando a empresa a pagar as diuturnidades em falta».

A história repete-se. As trabalhadoras foram à luta e «venceram novamente»: todos os valores em dívida foram pagos na sua inteiridade, anuncia o CESP. O grupo Inditex, como a força laboral demonstrou, «não está acima da Lei».

Também no Porto, esta multinacional, a maior organização do sector da moda, se recusa a cumprir o CCT assinado pela organização patronal para o comércio no distrito do Porto. Esta situação desencadeou uma greve nas lojas da empresa em todo o distrito no passado dia 19 de Julho.

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