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Sindicato vai processar a WT Play por ataque ao direito à greve

Para além do processo judicial contra a empresa, o gabinete jurídico do STT/CGTP-IN vai avançar contra os responsáveis da WT Play cujas práticas «configurem a segregação, a perseguição e o assédio laboral».

Créditos / WT Play

Fechado o ciclo negocial na WT Play, empresa de recrutamento e recursos Humanos na área dos Audiovisuais e Multimédia, o Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT/CGTP-IN) anunciou o «novo caminho» a percorrer na empresa: «o da via judicial para contestar todas as malfeitorias que a WT Play insiste em fazer».

Ao longo de várias reuniões, entre as quais se realizaram várias acções de luta, foi possível forçar a empresa a aceitar o pagamento do subsídio de turno nos 14 meses. Ainda que considerando «que se podia e devia ter ido mais longe», o STT não deixa de destacar o aumento do subsídio de refeição para os 10,20 euros, a instituição de um subsídio de turno, aumentos salariais entre 2,4 e 6,4% e a consagração do Carnaval como dia feriado na empresa.

No comunicado enviado ao AbrilAbril, o sindicato denuncia a «postura da WT Play» em todo este processo: o patronato tentou «obstaculizar de forma contínua as propostas dos trabalhadores». Encerrado este ciclo de negociações, que incluiu várias reuniões na Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), o STT inaugura um novo caminho: a contestação judicial contra «todas as malfeitorias que a WT Play insiste em fazer».

Em causa está a exigência de retirada «de todas as faltas injustificadas aos trabalhadores que fizeram greve; o pagamento das médias do trabalho suplementar e das horas nocturnas no salário do mês das férias e nos subsídios (com pedido de retroativos ao ano da admissão); a aplicação do Artigo 498A aos trabalhadores da Operação RTP e a reversão de todas as medidas tomadas contra trabalhadores que exercem os seus direitos, nomeadamente os Direitos de Parentalidade».

O STT está a recolher «todas as provas» para avançar judicialmente contra a WT Play e exigir a resolução de todas estas questões. O sindicato está também a preparar acções «contra os responsáveis da empresa que tenham tomado decisões que, na avaliação do nosso Gabinete Jurídico, configurem a segregação, a perseguição e o assédio laboral». «Só com a unidade conseguiremos defender a legalidade» e os direitos dos trabalhadores desta empresa, afirma o STT.

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