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Reestruturação à custa dos trabalhadores

A Sociedade de Porcelanas de Alcobaça (SPAL) decidiu pagar o subsídio de natal a prestações, depois de ter levado a cabo despedimentos e cortes «à margem das leis laborais».

Créditos / gazetadascaldas.pt

O alerta parte de um comunicado do PCP enviado à imprensa, que refere que a administração da empresa tem realizado «cortes e ajustamentos», prejudicando sempre os trabalhadores.

A mais recente decisão de «parcelar o pagamento do subsídio de natal» ocorre depois de ter sido feito o mesmo quanto aos subsídios de férias e depois do despedimento de várias dezenas de trabalhadores, que ainda não viram pagas as suas indemnizações.

A SPAL pretende pagar apenas 25% do subsídio de natal, «ficando o pagamento dos restantes 75% por regularizar em mais três prestações de 25%». No entanto, a empresa aufere, por parte da Segurança Social, 50% do valor dos subsídios de natal relativo aos trabalhadores que se encontram em lay-off, o que significa que «está a reter indevidamente 25%» da prestação, denunciam os comunistas.

Esta decisão não é caso único, tendo também a Sodecal, empresa também do grupo Cup & Saucer, decidido no mesmo sentido, não tendo havido, em qualquer dos casos, auscultação dos trabalhadores sobre a matéria.

Os comunistas lembram que esta decisão tem «contornos ainda mais gravosos tendo em conta que atravessamos um período de enormes dificuldades para a maior parte das famílias em Portugal» e revelam que levarão o processo à Assembleia da República.

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