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|despedimento colectivo

Efacec: depois da privatização, o desmantelamento da empresa

Para o PS, a privatização da Efacec foi um «dia feliz para a economia portuguesa». Será de má memória para as dezenas de trabalhadores que já receberam a carta de despedimento colectivo. PCP questiona novo Governo PSD/CDS-PP.

Créditos / Efacec

No final de Março, a Mutares, multinacional alemã que adquiriu recentemente a Efacec, já tinha informado os trabalhadores, internamente, de que o seu projecto pela empresa passava por despedimentos colectivos e o desmantelamento de alguns dos sectores da empresa (EFACEC Eletric Mobility) que não sejam muito rentáveis para os novos patrões. Esta intenção contraria directamente o compromisso assumido com o Estado português no momento da venda: os postos de trabalho não estão, afinal, «salvaguardados», como garantia o PS.

Depois de muitas dezenas de despedimentos por «mútuo acordo» (realizados nos primeiros meses da nova gestão privada), até 90 trabalhadores já terão recebido a notificação de despedimento colectivo, segundo o Expresso.

A 25 de Março, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (SITE Norte/CGTP-IN) alertou para o facto de «a principal preocupação dos fundos de investimento» serem «os números e a folha de Excel», não uma qualquer preocupação altruísta com a vida de quem cria, todos os dias, a riqueza: os trabalhadores.

Deputados do PCP questionam Governo PSD/CDS-PP sobre papel do anterior executivo de maioria PS e as actuais linhas de intervenção do Estado 

Na pergunta que já foi entregue ao novo Governo PSD/CDS-PP, os deputados do PCP criticam todo o processo de alienação da empresa, que é, por exemplo, líder mundial no mercado de infraestruturas de carregamento rápido para veículos eléctricos: «tratou-se de um processo de entrega da Efacec ao grande capital estrangeiro, de forma opaca e lesiva dos interesses nacionais, com o envolvimento e patrocínio da Comissão Europeia e o apoio político do PSD, Chega e da Iniciativa Liberal».

No entender dos comunistas, a privatização concretizada pelo PS «não garantiu, como agora se comprova, o futuro da empresa, o seu papel estratégico na economia nacional, os postos de trabalho e direitos, nem sequer o retorno dos recursos que o País investiu». Isto depois de terem sido utilizados centenas de milhões de euros de recursos públicos para salvar a Efacec depois da última privatização.

Na comunicação endereçada aos trabalhadores, o fundo alemão Mutares reconhece ter um lucro médio por trabalhador de 130 mil euros. Mas este grupo, que vai despedir centenas de trabalhadores, «aspira a mais, num descarado cinismo de quem olha para os trabalhadores como máquinas de gerar lucro e a quem se esmaga salários e direitos e de quem se descarta na primeira oportunidade», consideram os comunistas.

O PCP quer agora saber se as operações em curso, dinamizadas pela nova gestão privada, foram «objecto de consulta prévia ao Governo e consequente autorização» e que acompanhamento conta o executivo PSD/CDS-PP fazer em relação aos trabalhadores despedidos.

Que medidas pretende o Governo «tomar para impedir o desmantelamento da empresa e assegurar, além do seu papel estratégico na economia nacional, também a força de trabalho altamente qualificada que ocupa?».

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