«Respeitando o cuidado e o recato que a situação merece», realça, em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN), a estrutura sindical, que tem uma comissão na PROBAR, divulgou um conjunto de reflexões sobre a urgência de garantir a segurança e saúde no trabalho.
O sindicato deixou vários alertas sobre a «falta de investimento em modernização dos equipamentos, mas sobretudo da falta de manutenção regular devido aos ritmos infernais de produção» na PROBAR, uma empresa da indústria alimentar, de produção de charcutaria, localizada em Cernache, Coimbra.
«A obsolescência dos equipamentos, aliada à falta de manutenção regular, por clara priorização dos índices de produção sobre a segurança, resultou naquilo que já há muito se anunciava», um acidente de trabalho grave que resultou na amputação de um membro superior num jovem trabalhador de 24 anos (ferindo ainda outra trabalhadora).
«Além disso, os ritmos infernais de trabalho provocam falhas de concentração e cansaço que levam ao surgimento regular de falhas que os dispositivos referenciados deviam evitar». É importante ressalvar que a relação laboral deste jovem, estrangeiro, era extremamente precária, exercendo funções numa unidade fabril subcontratado por uma empresa de trabalho temporário.
O SINTAB está a prestar o acompanhamento legal necessário que, «quer a ocorrência, quer a situação laboral impõem». O sindicato lamenta ainda que, aquando da sua intervenção, a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) não tenha procurado «falar com os representantes dos trabalhadores».
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