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«Não é possível permitir que toda a actividade do CCB se baseie em horas extra»

Os técnicos da Fundação Centro Cultural de Belém iniciam esta quinta-feira uma greve ao trabalho suplementar. Exigem respeito pelos tempos de descanso e número de trabalhadores em função da programação.

CréditosTiago Petinga / Agência Lusa

A greve, por tempo indeterminado, visa combater a «utilização abusiva» da figura do trabalho suplementar e vem na sequência da acção já intentada em tribunal por estes profissionais contra a Fundação Centro Cultural de Belém (FCCB).

Tal como refere o Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE/CGTP-IN) num comunicado, estes trabalhadores decidiram avançar para esta forma de luta «numa demonstração clara de unidade e de que não é possível continuar a permitir que toda a actividade regular da FCCB se baseie em trabalho suplementar».

Os profissionais reivindicam que, tanto na FCCB como noutros locais de trabalho do sector, o trabalho suplementar sirva para suprir necessidade «imprescindíveis e imponderáveis», que possam surgir. E que, no caso da FCCB, «tendo em conta a programação bastante preenchida e exigente desta casa», haja uma adequação de pessoal face ao «crescente e intenso ritmo» de trabalho.

«É preciso respeitar os tempos de descanso dos trabalhadores, a sua vida pessoal e familiar, e ter em conta que boa parte do seu trabalho exige um enorme esforço físico devido a longas jornadas de trabalho [...], pondo em causa a sua segurança e integridade física», lê-se no texto.

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