Num balanço actualizado a meio da tarde, através de comunicado, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS/CGTP-IN) dá conta do «elevadíssimo nível de adesão» à acção de luta dos trabalhadores da saúde, excepto médicos e enfermeiros, com vista a garantir melhores condições de trabalho, a dignificação das carreiras e o reforço de pessoal, entre outras reivindicações, de que é exemplo a reposição da carreira de técnico auxiliar.
A paralisação desta sexta-feira regista percentagens na ordem dos 90%, para as quais contribuem as adesões nos hospitais, muitos deles com 100% dos trabalhadores em greve, sendo apenas cumpridos os serviços mínimos.
«Merecem relevo na adesão à greve, no turno da noite, as percentagens de todos os hospitais da região Norte, com 90%; na região Centro, a adesão era também no turno da noite de 90%, só com serviços mínimos a funcionar; na região de Lisboa, S. José, com 95%, Maternidade Alfredo da Costa, com 95%; Hospital Beatriz Ângelo, 80%; a Sul, Hospital de Portalegre, só com mínimos e Hospital de Évora, com 70%», refere-se na nota.
No turno da manhã, os níveis de adesão à greve na região Norte são muito idênticos aos da noite, com os hospitais de São João, Braga, Guimarães, Vila Real, Bragança, Gaia, Santo António e Pedro Hispano acima dos 80%. «Na região Centro, também a confirmar os dados do turno da noite, as percentagens de adesão são igualmente a cima dos 80%, como no Hospital Infante D. Pedro, de Aveiro, na Unidade de S. Sebastião do CHEDV, no Hospital de Santo André, em Peniche e no Hospital das Caldas da Rainha, ou no Hospital dos Covões, com 100% de adesão à greve», lê-se na nota
Relativamente à região Sul do País, os dados do turno da manhã «dão seguimento aos já anunciados para o turno da noite, em que a título de exemplo, S. José, regista 95%, Maternidade Alfredo da Costa, 95%; Hospital Beatriz Ângelo, 80%.
Os elevados índices de adesão à greve, acrescenta a estrutura sindical, «ilustram o manifesto descontentamento dos trabalhadores e a vontade de prosseguirem a luta pela abertura dos processos negociais das reivindicações apresentadas há largo tempo ao Governo».
Promovida pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, a greve de hoje é dirigida a todos os trabalhadores de Portugal continental e da região autónoma dos Açores, e foi antecedida de uma paralisação na região autónoma da Madeira, esta quinta-feira.
No passado mês de Abril, a estrutura sindical reuniu com a ministra da Saúde e com os restantes membros do seu gabinete, a quem apresentou o conjunto de reivindicações «que não tem sido objecto de satisfação por parte dos sucessivos governos, reforçou a necessidade de se iniciar o processo negocial. Da parte da tutela ficou o compromisso de agendar nova reunião em Maio, mas não se confirmou.
Entretanto, a FNSTFPS afirmou recentemente que os trabalhadores da saúde «não vão permitir que se replique nesta legislatura o mesmo que aconteceu nas anteriores, muitas promessas e nenhuma acção para a resolução dos problemas e das suas reivindicações».
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