Os trabalhadores da Eurest, que exercem a sua actividade profissional na cantina da escola EB1 Augusto Lessa, no Porto, vão recorrer à greve, na próxima segunda-feira, contra o despedimento colectivo promovido recentemente pela Eurest de 146 trabalhadores.
Um comunicado divulgado pelo Sindicato da Hotelaria do Norte (CGTP-IN) acrescenta que esta paralisação se assume igualmente como uma expressão de solidariedade para com uma das trabalhadoras afectadas pelo despedimento, cujo posto de trabalho era na cantina do Cerco do Porto do IEFP, mas que tinha sido transferida para esta unidade.
«A trabalhadora é necessária nos dois postos de trabalho, mas, mesmo assim, foi incluída no despedimento colectivo», pode ler-se na nota.
A organização sindical lembra que a Eurest tem um volume de negócios superior a 100 milhões de euros anualmente, com milhões de lucros todos os anos, e recebeu apoios do Estado neste período de pandemia.
Assim, segundo o sindicato, «não há nenhum motivo» para a empresa recorrer a despedimentos colectivos, uma vez que a Covid-19 é um fenómeno «temporário e circunstancial». «Não há mais nenhuma empresa do sector das cantinas e refeitórios que tenha recorrido a despedimentos colectivos», afirma a organização.
«Não tem qualquer fundamento uma empresa que desenvolve a sua atividade concorrendo a concursos públicos para explorar serviços de refeições fazer despedimentos colectivos pois, se entender que o caderno de encargos não é viável, basta não concorrer», acrescenta.
Por outro lado, a empresa despede e contrata de imediato trabalhadores a termo, directamente ou através de empresas de trabalho temporário, para os mesmos postos de trabalho, o que demonstra que «precisa dos trabalhadores».
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