A disponibilidade demonstrada pelos trabalhadores e pelo sindicato «para encontrar formas de ultrapassar o impasse na discussão salarial» na Husqvarna Portugal (uma multinacional sueca de ferramentas eléctricas para o jardim e floresta), contrastou com a posição intransigente e «inflexível» da administração da empresa.
Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autónomas (SITE CRSA/CGTP-IN) salienta que as respostas da Husqvarna chegaram sempre «de forma fechada e não permitiram qualquer negociação». O patronato não aceitou ir além de um aumento salarial de 3%, longo dos 150 euros exigidos pelos trabalhadores.
Quem encerra o caminho à negociação, abre, ao mesmo tempo, o caminho à luta reivindicativa. Às 6h da manhã de hoje, 20 de Junho, os trabalhadores paralisaram a fábrica em Rio de Mouro, Sintra, no primeiro de dois dias de greve, seguindo-se a greve de dia 23 de Junho.
A luta pelo aumento dos salários vai continuar, tanto da parte dos trabalhadores como do SITE CRSA. «A maioria dos salários está perto do valor do salário mínimo nacional», denuncia o sindicato. Por isso mesmo, a Husqvarna precisa de «respeitar o direito à negociação» e introduzir salários que assegurem uma vida digna aos seus trabalhadores, defende a organização sindical.
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