Os trabalhadores da ERSUC - Resíduos Sólidos do Centro, empresa responsável pela recolha de resíduos de 34 municípios da região Centro e que serve cerca de um milhão de habitantes entraram ontem, dia 24 de Abril, em greve. Segundo a nota de imprensa do STAL é registada adesão total à luta e, quer em Aveiro quer em Coimbra, estão a ser garantidos os serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral.
Apesar do respeito pelos serviços mínimos, o sindicato informa que em Aveiro, a GNR forçou a entrada de alguns camiões de empresas privadas, mas os piquetes de greve vão continuar presentes nos dois pólos da empresa mantiveram a firmeza.
É exigido à administração da empresa respostas concretas às propostas que constam do Caderno Reivindicativo apresentado pelo STAL. A forte adesão à paralisação de três dias é bem demonstrativa do profundo descontentamento dos trabalhadores face à situação vivida.
Apesar da empresa ignorar os trabalhadores, estes, partindo para a jornada de luta, exigem um aumento salarial de 10%, num mínimo de 100€, para todos os trabalhadores, com retroactivos a Janeiro de 2023; a implementação de um salário de entrada de 850€; a actualização do subsídio de refeição e dos diversos subsídios e suplementos; a fixação do período de trabalho em 7 horas diárias, 35 horas semanais e 25 dias de férias; o pagamento do Subsídio de Insalubridade, Penosidade e Risco; a fixação do trabalho nocturno entre as 20h de um dia e as 7h do dia seguinte, compensado com um acréscimo de 25% da retribuição mensal; a criação e valorização das carreiras, bem como a progressão e promoção profissional, e a regularização das situações de vínculo precário; e melhores condições laborais, bem como o respeito pelas normas de Segurança e Saúde nos locais de trabalho.