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Faurecia lucra 49 milhões em 3 anos, mas patronato fica em silêncio sobre salários

A Faurecia apresentou lucros crescentes: 14 milhões de euros, em 2022; 17 milhões, em 2023; e 18 milhões, em 2024. Apesar disto, o patronato ignora as exigências de aumentos salariais. Como tal, amanhã há greve, a primeira em três anos. 

Créditos / Business Review

Não se trata de uma empresa em apuros, mas segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN) o patronato recusa-se a responder às exigências dos trabalhadores, estando em silêncio desde o início do ano. 

Fartos da falta de resposta porque nem a vida nem o aumento do custo de vida param, os trabalhadores realizaram um plenário no passado dia 15 de Julho e decidiram passar à luta, definindo já que haverá nova greve, em Agosto, caso a administração não altere as suas posições.

De acordo com o sindicato, «desde a primeira reunião de negociação do Caderno Reivindicativo, em Janeiro, houve falta de resposta e de compromisso da parte patronal». Para o mesmo, «a nova administração desvaloriza totalmente todas as reivindicações dos trabalhadores», que passam por aumentos salariais, assim como subsídios de transporte, limpeza e manutenção de farda, alimentação, bem como diuturnidades e gozo de férias.

Para além destas exigências, os trabalhadores destacaram no plenário que a avaliação de desempenho é «enviesada e opaca» e tem como único objectivo «a justificação da política salarial da administração». 

A última greve na Faurecia foi realizada em 2022, também em Julho. Assim como há três anos, também este ano, os trabalhadores, além da greve, vão realizar uma concentração no exterior da fábrica, estando esta agendada para as 11 horas, o que revela o nível de compromisso dos trabalhadores que além da paralização vão também mostrar ao patronato o seu descontentamento. 
 

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