«É muito variado. Temos adesões na ordem dos 75% a 100% e temos, em empresas mais pequenas, uma adesão menos significativa», disse à agência Lusa José Manuel Oliveira, coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN).
O responsável sublinha a «boa resposta» dos trabalhadores, frisando que a adesão à greve teve impacto «quer do ponto de vista do número de trabalhadores abrangidos, quer do ponto de vista do impacto do serviço público prestado pelo País, embora com diferenças nalgumas regiões e nalgumas empresas».
«Nós sabíamos que partíamos para uma greve num sector com uma luta que já não se fazia há décadas e que tínhamos problemas de partida, quer de poder chegar ao máximo de trabalhadores, quer de poder ter um trabalho de esclarecimento abrangente, tendo em conta que o sector é muito disperso e não se encontram os trabalhadores a qualquer momento», disse o sindicalista, sublinhando que, globalmente a resposta foi boa.
O coordenador da Fectrans considerou ainda que, «a partir da realidade de hoje» os sindicatos ficam «com melhores condições para o trabalho a seguir, com o objectivo da greve no dia 1 de Outubro, que se segue neste momento, com excepção da Rodoviária de Lisboa, onde a greve – que teve uma adesão a rondar os 80% – se prolonga para amanhã» [terça-feira].
«Conseguimos montar uma luta, com este âmbito sectorial, que já não se fazia há muito tempo», sublinhou José Manuel Oliveira.
Os trabalhadores das empresas rodoviárias privadas estão hoje em greve, com outra paralisação já marcada para 1 de Outubro, em protesto por melhores salários, numa iniciativa que abrange mais de 90 empresas em todo o País. A paralisação começou às 3h de hoje e prolonga-se até à mesma hora de terça-feira. Na Rodoviária de Lisboa, a greve incluirá também todo o dia 21 de Setembro.
De acordo com um comunicado publicado pela Federação no passado dia 13, as reivindicações dos trabalhadores incluem «o aumento imediato do salário base do motorista para 750 euros» e uma actualização na mesma percentagem para «o salário dos demais trabalhadores».
Além disso, os trabalhadores exigem uma actualização do subsídio de refeição nos mesmos termos percentuais do aumento do salário do motorista e «que se proceda à redução do intervalo de descanso para o máximo de duas horas (nas empresas onde o intervalo é maior)».
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