Trabalhadores da Scotturb cumprem greve a 5 de Novembro

Em nota, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) salienta que a greve de 24 horas foi convocada perante a falta de respostas a questões relacionadas com a organização dos tempos de trabalho.

Segundo a estrutura, os trabalhadores da Scotturb são «obrigados a tempos de condução seguidos a rondar as seis horas e meia, o que é ilegal», bem como a «períodos de trabalho seguidos de oito horas sem intervalo de descanso, o que viola o acordo de empresa e a lei».

Além disso, a Fectrans afirma que a situação de excessiva carga horária tem obrigado os trabalhadores a tomarem as refeições na rua ou dentro do autocarro, a que se junta a ausência de infra-estruturas sanitárias, ​​​​​​o que «coloca em causa não só a segurança dos motoristas, como também a dos passageiros».

A greve tem ainda como objectivo contestar o incumprimento do acordo de empresa. A estrutura sindical acusa a Scotturb de impor aos trabalhadores mais novos contratos individuais de trabalho, o que lhe permite «fragilizar as relações laborais» e praticar salários baixos.

A Scotturb é uma empresa de transportes urbanos colectivos de passageiros que opera sobretudo nos concelhos de Sintra, Cascais e Oeiras, resultante da privatização destes serviços em 1995. De momento, é detida pelo grupo Vega, que em 2017 adquiriu as empresas do grupo Vimeca.