A greve nacional de 24 horas foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), que, em nota de imprensa, destaca a «grande adesão» registada.
Segundo o CESP, durante a greve muitas lojas estiveram «encerradas e com horários de funcionamento reduzidos por não terem trabalhadores suficientes para assegurar o funcionamento todo o dia». O funcionamento nos armazéns também esteve condicionado face à «grande adesão».
Todavia, o sindicato denuncia que, no Porto, o piquete de greve no armazém de Valongo foi alvo de força policial, após este ter obtido a solidariedade dos motoristas dos camiões que chegavam.
«A empresa, demostrando que lida mal com o direito à greve dos trabalhadores, chamou a GNR, que, com grande agressividade e violência, empurrou os trabalhadores em piquete para deixar passar os camiões para o recinto do armazém», afirma.
Entre as reivindicações, os trabalhadores exigem aumentos salariais para todos, num mínimo de 40 euros, a progressão automática dos operadores de armazém até ao nível de especializado, o fim da discriminação salarial na empresa, bem como da tabela B, que prevê menos 40 euros de salário em todos os distritos, excepto Lisboa, Porto e Setúbal.
Outras reivindicações passam por horários que permitam a conciliação da vida profissional com a pessoal e familiar, o fim da pressão e repressão nos locais de trabalho, bem como dos ritmos desumanos e melhores condições de saúde, higiene e segurança nos locais de trabalho.
O CESP acusa a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), representante patronal do sector, de estar a bloquear as negociações desde Setembro de 2016. A troco de um baixo aumento dos salários, equivalente a 11 cêntimos por dia, os patrões exigem a redução do valor pago pelo trabalho suplementar e a aceitação do banco de horas.
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