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Trabalhadores da Sonae denunciam condições «miseráveis»

Em Lisboa, Porto e Coimbra, os trabalhadores de hipermercados e armazéns Continente realizaram acções de denúncia este domingo, em protesto contra os baixos salários e os horários desregulados.

Concentração de trabalhadores do Continente junto ao GaiaShopping, em Vila Nova de Gaia
Concentração de trabalhadores do Continente junto ao GaiaShopping, em Vila Nova de GaiaCréditos / CESP

As concentrações de protesto, realizadas esta manhã junto a várias superfícies comerciais com hipermercados Continente, inserem-se no âmbito das acções de luta dos trabalhadores das empresas da grande distribuição ao longo de Junho, convocadas Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN).

No Porto, a concentração teve lugar junto à entrada do Gaiashopping, em Vila Nova de Gaia, sendo que mais a Sul do País realizaram-se ainda acções de denúncia junto à loja Continente de Vale das Flores, em Coimbra, e à entrada do estabelecimento de Telheiras, em Lisboa.

Em declarações ao AbrilAbril, Luís Figueiredo, dirigente do CESP, afirmou que as acções tinham como objectivo denunciar aos clientes das lojas, através de folhetos, a «miserável» situação laboral dentro dos hipermercados e armazéns do Continente, onde os trabalhadores recebem baixos salários e são sujeitos a horários desregulados «muito desgastantes» e a ritmos de trabalho intensos.

 

O dirigente sublinhou que tais horários desregulados «põem em causa a conciliação do trabalho com a vida pessoal e familiar», tendo explicado que a realização das acções na manhã deste domingo foi propositada, pois os trabalhadores exigem o encerramento das lojas neste dia para «poderem estar com as suas famílias».

 

Luís Figueiredo destacou ainda que os trabalhadores exigem um aumento geral dos salários, num mínimo de 40 euros, considerando ser «inaceitável» que a Sonae, que todos os anos obtém milhões de euros de lucros, esteja a exigir «contrapartidas para um aumento de 11 cêntimos ao dia».

 

O dirigente referia-se ao facto das negociações do contrato colectivo de trabalho (CCT) estarem bloqueadas há quase três anos, com a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), a ser acusada pelo CESP de «chantagem» ao exigir a redução do valor pago pelo trabalho suplementar e a aceitação do banco de horas a troco de aumentos salariais.

 

Outras reivindicações dos trabalhadores passam pelo fim da precariedade, o fim da tabela B, que prevê menos 40 euros de salário em todos os distritos (excepto Lisboa, Porto e Setúbal), e a progressão automática dos operadores de armazém até ao nível de especializado.

 

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