As greves paralelas foram convocadas pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), sendo que ambas têm a mesma duração, de 24 horas, com início à meia-noite do dia 31.
A paralisação dos trabalhadores do grupo Dia é de âmbito nacional, pelo que abrange todas as lojas Minipreço e Clarel, enquanto a greve no Pingo Doce engloba apenas as lojas do distrito de Lisboa.
Os trabalhadores de ambas as marcas têm reivindicações idênticas: exigem a negociação efectiva do contrato colectivo de trabalho do sector, sem chantagem ou perda de direitos, que preveja aumentos salariais sérios, tendo em conta que os seus salários perderam mais de 10% do seu valor.
O CESP acusa a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), representante patronal do sector, de estar a bloquear as negociações desde Setembro de 2016. A troco de um baixo aumento dos salários, equivalente a 11 cêntimos por dia, os patrões exigem a redução do valor pago pelo trabalho suplementar e a aceitação do banco de horas.
Considerando tais condições como «chantagem», os trabalhadores exigem o aumento geral dos salários, num mínimo de 40 euros, de forma a repor o poder de compra perdido desde 2010, o fim da tabela B, que prevê menos 40 euros de salário em todos os distritos, excepto Lisboa, Porto e Setúbal, e a progressão automática dos operadores de armazém até ao nível de especializado.
Outras reivindicações passam por horários que permitam a conciliação da vida profissional com a pessoal e familiar, o fim da pressão e repressão nos locais de trabalho, bem como dos ritmos desumanos e melhores condições de saúde, higiene e segurança nos locais de trabalho.
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