Depois de um plenário, entre as 11h e as 14h, os trabalhadores desta loja do Mercadona saem à rua, dia 21 de Julho, para denunciar que os seus direitos «estão sob ataque diário», esclarece o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), através de comunicado.
«As mulheres que solicitaram horário flexível para acompanhar os filhos menores, como é seu direito, são pressionadas diariamente», lê-se na nota. «São ameaçadas quando saem do local de trabalho à hora a que têm direito a sair — ora com avaliações "suspensas" (que impedem a subida de nível salarial), ora com a retirada do prémio», afirma o sindicato. Entre as ameaças, revela o CESP, a cadeia espanhola de supermercados sugere levar a tribunal os pareceres favoráveis da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), «para pressionar estas trabalhadoras a desistir dos seus direitos — levando outras mães a nem solicitar horário flexível, por medo de represálias».
Também os trabalhadores sem horário flexível «são ameaçados constantemente se não trabalharem mais rápido com a perda destes "benefícios" – avaliações justas e prémios», critica o sindicato. Na loja do Mercadona de Águeda, acrescenta, os trabalhadores não podem estacionar o carro no parque do supermercado e «saem muito depois do horário de trabalho», mas «não recebem nada a mais por isso».
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