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Dia de luta contra cortes injustos na Sonae

A Sonae não pagou a totalidade do subsídio de Natal aos trabalhadores que ficaram em casa com os filhos devido ao fecho das escolas, contrariando o esclarecimento dado pelo Ministério do Trabalho.

Acção de denúncia realizada à porta da loja
Créditos / CESP

Esta sexta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços (CESP/CGTP-IN) dinamizará acções de denúncia em várias lojas do Continente/Sonae, de Norte a Sul do País, para protestar contra a intransigência da empresa quanto ao pagamento do subsídio de Natal aos trabalhadores que estiveram de apoio à família no âmbito das medidas de mitigação da pandemia.

Decisão assumida pela empresa que o sindicato considera «extremamente injusta», tendo em conta que estes trabalhadores, na sua grande maioria mulheres, estiveram a prestar assistência aos filhos não por opção, mas porque as escolas foram encerradas por decisão governamental.

«Tudo isto para acumular mais uns milhões, (...) colocando a "factura" da pandemia nos trabalhadores», pode ler-se na nota.

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Pingo Doce recuou no corte do subsídio de Natal

A denúncia do sindicato e a mobilização dos trabalhadores levou a que a Jerónimo Martins fosse obrigada a recuar na decisão de cortar no subsídio daqueles que ficaram em casa em apoio à família.

Interior de loja Pingo Doce. Foto de arquivo
Créditos / Barlavento

São cerca de dois mil os trabalhadores que ficaram em casa em assistência aos filhos devido ao encerramento das escolas em 2020 e que, graças à sua acção e à intervenção do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços (CESP/CGTP-IN), não serão penalizados por um corte ilegal nos seus subsídios de Natal.

O Pingo Doce anunciou esta quarta-feira que irá proceder no final do mês de Março ao pagamento dos valores em falta a todos os trabalhadores. O sindicato considera esta decisão «muito positiva» na medida em que representa «um avanço claro no entendimento de que os trabalhadores não podem ser penalizados nos seus direitos e rendimentos por prestarem assistência aos filhos», pode ler-se em nota.

Outras empresas ainda não recuaram nesta decisão, como é o caso das empresas do grupo Sonae, pelo que o CESP exige a actuação da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) para que seja «reposta a legalidade».

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Tendo em conta que nesta empresa as mulheres representam mais de 65% dos trabalhadores e que auferem salários muito baixos, próximos ou iguais ao salário mínimo nacional, com esta medida são «duplamente penalizadas», afirma o sindicato.

Os trabalhadores exigem ainda o aumento do salário de todos os trabalhadores e a negociação do contrato colectivo de trabalho sem contrapartidas.

A nota refere também que os últimos aumentos salariais foram feitos de forma «discriminatória», para além de não terem reposto o poder de compra e terem mantido trabalhadores com 30 anos de casa e no topo da carreira a ganhar o salário mínimo nacional.

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