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Dia de luta contra cortes injustos na Sonae

A Sonae não pagou a totalidade do subsídio de Natal aos trabalhadores que ficaram em casa com os filhos devido ao fecho das escolas, contrariando o esclarecimento dado pelo Ministério do Trabalho.

Acção de denúncia realizada à porta da loja
Acção de denúncia realizada à porta da lojaCréditos / CESP

Esta sexta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços (CESP/CGTP-IN) dinamizará acções de denúncia em várias lojas do Continente/Sonae, de Norte a Sul do País, para protestar contra a intransigência da empresa quanto ao pagamento do subsídio de Natal aos trabalhadores que estiveram de apoio à família no âmbito das medidas de mitigação da pandemia.

Decisão assumida pela empresa que o sindicato considera «extremamente injusta», tendo em conta que estes trabalhadores, na sua grande maioria mulheres, estiveram a prestar assistência aos filhos não por opção, mas porque as escolas foram encerradas por decisão governamental.

«Tudo isto para acumular mais uns milhões, (...) colocando a "factura" da pandemia nos trabalhadores», pode ler-se na nota.

Tendo em conta que nesta empresa as mulheres representam mais de 65% dos trabalhadores e que auferem salários muito baixos, próximos ou iguais ao salário mínimo nacional, com esta medida são «duplamente penalizadas», afirma o sindicato.

Os trabalhadores exigem ainda o aumento do salário de todos os trabalhadores e a negociação do contrato colectivo de trabalho sem contrapartidas.

A nota refere também que os últimos aumentos salariais foram feitos de forma «discriminatória», para além de não terem reposto o poder de compra e terem mantido trabalhadores com 30 anos de casa e no topo da carreira a ganhar o salário mínimo nacional.

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