Cinquenta e oito trabalhadores da Highpoint, uma empresa do sector da limpeza industral que presta serviços a outras entidades, ainda não receberam os salários de Abril. Até ao momento, 2 de Junho, mais de 280 trabalhadores, a totalidade da força laboral, estão também com o salário de Maio em atraso, explicou, ao AbrilAbril, Vivalda Silva, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Actividades Diversas (STAD/CGTP-IN).
A CP está entre as contratantes dos serviços da Highpoint, tendo concessionado o serviço de limpeza industrial nos comboios, estações, bilheteiras e oficinas de todo o País em 2023. Em comunicado, o STAD lamenta que, todos os dias, os «trabalhadores e trabalhadoras cumpram com a sua obrigação quando dão a sua força de trabalho na limpeza dos comboios e o mínimo que exigem é que a empresa cumpra com a Lei e pague os salários do mês no último dia útil».
Na greve de 1 e 2 de Junho, que contou com uma adesão de 99% – de acordo com Vivalda, «só as chefias e encarregados estão a trabalhar» – os trabalhadores contestaram a situação «inaceitável e ilegal» em que a Highpoint, alegadamente por questões de penhoras, deixou os funcionários. O atraso no pagamento dos salários não é novidade: em Dezembro de 2024, a empresa já tinha ficado com a remunerações em dívida.
O STAD já denunciou a situaçãoÀ Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), não tendo ainda recebido qualquer resposta. Atrasos no pagamento dos salários, seja o pagamento já no mês seguinte ou a ausência, por completo, de pagamento, afectam «profundamente os trabalhadores, com consequências na sua vida pessoal e profissional», pelo que devem, sem falta, ser pagos até ao último dia de cada mês.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui