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|salário em atraso

Seis dias de greve na limpeza de comboios e estações ferroviárias

A Ambiente e Jardim, empresa de prestação de serviços de higiene e limpeza, ainda não procedeu ao pagamento dos salários de centenas de trabalhadores, correspondentes aos meses de Julho e Agosto. 

CréditosMário Cruz / Agência Lusa

Os trabalhadores preparam-se para cumprir mais um período de greve, de 1 a 6 de Setembro, em que exige o pagamento dos salários em atraso referentes aos meses de Julho e Agosto. Esta situação tem-se vindo a repetir há vários meses, tendo a luta destes trabalhadores forçado a empresa a pagar os salários dos meses de Maio e Junho, assim como o subsídio de férias.

Outra das reivindicações dos trabalhadores incidia sobre a postura dos clientes da Ambiente e Jardim, exigindo que estas assumissem uma postura firme face aos incumprimentos da empresa. Nas últimas semanas, o Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Câmara Municipal de Sintra aceitaram rescindir o contracto que mantinham com a Ambiente e Jardim, integrando os trabalhadores desta empresa nos novos serviços. 

A CP e a Infraestruturas de Portugal (IP) são, neste momento, os dois últimos grandes clientes que restam à empresa, tendo estas informado ontem o Sindicato dos Trabalhadores de Actividades Diversas (STAD/CGTP-IN) de que o processo de rescisão estava já em marcha. Os serviços da Ambiente e Jardim continuarão a ser prestados enquanto não se dão por concluídos os concursos para a prestação deste serviço.

O comunicado do STAD/CGTP-IN denuncia a atitude da empresa para com «trabalhadores e trabalhadoras que trabalharam competente e zelosamente todo o mês de Agosto, trabalham todos os dias com total dedicação». À data de hoje, ainda nenhum trabalhador tinha recebido o salário referente a este mês.

A situação é muito dura, não só para os trabalhadores desta empresa, que «não têm dinheiro para fazer face às despesas mensais que possuem», como para os vários trabalhadores que já foram inseridos noutras empresas, que continuam sem receber os salários em atraso. A grande maioria destes funcionários recebe o salário mínimo.


Uma empresa que são várias.

Em declarações ao AbrilAbril, Vivalda Silva, dirigente sindical do STAD/CGTP-IN, denunciou as manobras que a Ambiente e Jardim tem vindo a usar para se furtar a cumprir as suas responsabilidades: «Há já uns anos que esta empresa vai mudando, na prática, de nome, muito embora apresente sempre o mesmo para concorrer aos concursos, principalmente porque esta não deve ter dívidas ao fisco. Os trabalhadores foram sendo sempre pagos com recibos de várias empresas». 

A situação foi denunciada pelo sindicato junto à ACT e perante os clientes, que até agora nunca tinham mostrado interesse em agir perante esta circunstância perfeitamente irregular. Foi preciso chegar a este momento, em que centenas de trabalhadores se vêm privados de dois salários, para que «os clientes, a ACT e o Ministério do Trabalho reconhecessem que esta empresa não é uma empresa credível».

As empresas foram alvo de um arresto de bens, em razão de dívidas de cerca de 25 milhões de euros tanto ao fisco como à segurança social. O despacho judicial identificou a ocultação dos bens através de operações de transferência de contas das sociedades para contas pessoais.

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