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|precariedade

CGTP-IN: Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens «não é sério»

Basta olhar para as 50 primeiras empresas signatárias do pacto: «os piores praticantes de precariedade, baixos salários e exploração que os jovens trabalhadores conhecem». Governo PS prefere negociar «com o patronato».

O patronato compromete-se, em sessão pública, a resolver o problema do emprego jovem, muito embora sejam eles os principais responsáveis pela precariedade dos jovens portugueses. O Pacto para Mais e Melhores Empregos para os Jovens foi assinado com o alto patrocínio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Lisboa, 19 de Janeiro de 2023 
O patronato compromete-se, em sessão pública, a resolver o problema do emprego jovem, muito embora sejam eles os principais responsáveis pela precariedade dos jovens portugueses. O Pacto para Mais e Melhores Empregos para os Jovens foi assinado com o alto patrocínio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Lisboa, 19 de Janeiro de 2023 CréditosMiguel Figueiredo Lopes / Presidência da República

Recentemente anunciado, o Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens não passa de um «pacto curto, que não responde às necessidades imediatas da juventude de um aumento geral dos salários, de fim da desregulação dos horários, do fim da precariedade e consagração de que a um posto de trabalho permanente corresponda um vínculo de trabalho efectivo», refere, em comunicado a CGTP-IN.

O documento contou com o alto patrocínio do Presidente da República, o Governo e o patronato, sempre disponível para assinar acordos pífios e que consagrem o seu direito a acumular lucros. Só os jovens não foram chamados a participar: ficaram de fora do seu acordo.

A iniciativa, promovida pela Fundação José Neves, em parceria com o Governo, pretende incentivar a empregabilidade dos mais jovens e, ao mesmo tempo, combater a precariedade laboral. Para o efeito, foram recrutadas as melhores intenções de empresas como a Douro Azul (condenada judicialmente por despedimentos ilegais), os CTT (que em Setembro alegavam não ter dinheiro para aumentar salários), ou o Grupo Amorim (que em 2022 propôs aumentos de 58 cêntimos diários).

A ironia não escapou à CGTP-IN. «Dúvidas houvesse sobre a falta de seriedade deste pacto, bastaria ver nas 50 primeiras empresas signatárias os piores praticantes de precariedade, baixos salários e exploração que os jovens trabalhadores conhecem. Empresas que acumulam milhões de lucros à conta da exploração e que, mesmo cumprindo as metas deste pacto, não deixariam de sustentar a sua riqueza na base da precariedade dos jovens trabalhadores».

«Que o digam os trabalhadores que laboram para a E-Redes através da EGOR, que viram as suas reivindicações ignoradas, os trabalhadores da Accenture, cujas reivindicações não viram resposta ou trabalhadores da Randstad, há anos em situação de precariedade, para citar apenas alguns exemplos».

«Os jovens trabalhadores não precisam de pactos com muita propaganda e pouca resposta», considera a CGTP-IN. «Precisam de uma redução dos horários de trabalho para as 35 horas e o fim da sua desregulação. Precisam que se consagre que a um posto de trabalho permanente corresponda um vínculo de trabalho efectivo, precisam que se retire da legislação laboral os bloqueios à contratação colectiva, permitindo assim uma verdadeira valorização dos salários, qualificações e carreiras».

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