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|Despedimentos

CGTP-IN: Governo dá 600 milhões às empresas enquanto facilita despedimentos

O acordo do Governo PS, patrões e UGT não inclui a reposição dos 30 dias de compensação por despedimento, assumindo a continuidade do projecto neoliberal do Governo de Passos Coelho, que aplicou a medida.

Meses depois de assinarem um acordo com o patronato, em concertação social, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, a presidente da UGT, Lucinda Dâmaso, e o secretário-geral da UGT, Mário Mourão celebram o 44.º aniversário da União Geral de Trabalhadores (UGT), assinalando vários anos de estreita colaboração em prol dos mesmos interesses. Coimbra, 28 de Outubro de 2022 
Meses depois de assinarem um acordo com o patronato, em concertação social, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, a presidente da UGT, Lucinda Dâmaso, e o secretário-geral da UGT, Mário Mourão celebram o 44.º aniversário da União Geral de Trabalhadores (UGT), assinalando vários anos de estreita colaboração em prol dos mesmos interesses. Coimbra, 28 de Outubro de 2022 CréditosPaulo Novais / Agência Lusa

Cada vez mais se evidencia que o propalado «Acordo de Médio Prazo para a Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade», assinado pelo Governo PS, as associações patronais e a UGT em concertação social, um processo que excluiu a maior organização representativa de trabalhadores em Portugal, a CGTP-IN, tinha apenas como propósito «a consagração da retirada de direitos aos trabalhadores».

Em comunicado, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN) destaca a intenção de acabar com o Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) sem repor os 30 dias de compensação por despedimento, dando por encerrado um «processo iniciado no tempo da troika, pelo Governo PSD\CDS-PP».

A criação do FCT inseriu-se num processo de redução dos direitos dos trabalhadores, explica a CGTP-IN, «que tornou mais fácil e barato despedir». «No mesmo pacote em que foi criado o FCT veio a redução da compensação por despedimento, passando esta para 18 dias e depois 12 dias por ano de trabalho, ao invés dos 30 dias que anteriormente vigoraram».

A proposta agora apresentada pelo Governo, que pretende solucionar o problema, mantém, no essencial, a perda de direitos para os trabalhadores: «a compensação proposta de 14 dias é menos de metade da que vigorava anteriormente», limitando-se a eliminar a parte que «determinava uma obrigação para as entidades empregadoras».

Independentemente deste problema, já em si muito significativo para milhares de trabalhadores, «acresce a insuficiente garantia do cumprimento dos direitos dos trabalhadores por despedimento, nomeadamente quanto à compensação que lhes é devida», pela enorme falta de capitalização do Fundo de Garantia Salarial, que apenas é capaz de pagar parte das dívidas das entidades empregadoras aos seus trabalhadores.

Com esta acção do Governo PS, apoiada pelo patronato e UGT, a única coisa que fica garantida é o «embaratecimento dos despedimentos», inserido num «processo mais lato de fragilização dos direitos laborais e de flexibilidades para as entidades patronais», refere a CGTP-IN.

«Um processo que, ao contrário do que é referido, fragiliza a estrutura económica e social do país, em nada contribui para o desenvolvimento ou o crescimento e agudiza as desigualdades na repartição da riqueza entre o trabalho e o capital». O Governo PS assume, uma vez mais, as suas verdadeiras intenções: dar continuidade ao projecto neoliberal e austeritário de Passos Coelho.

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