A CeX pode «não respeitar os direitos laborais», como o AbrilAbril noticiou em Agosto, a empresa não reconhece, em termos salariais, as funções que os trabalhadores cumprem (significando uma perda de até 200 euros mensais), mas «a força e persistência» dos seus funcionários limitam a capacidade das chefias da CeX em avançar com a exploração.
«Com a força da luta, temos conseguido resposta da empresa a diversas reivindicações», refere o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), em comunicado, e este caso não foi diferente. A CEX cedeu, e reverteu «o despedimento ilícito de uma trabalhadora cujo contrato de trabalho correspondia a um vínculo permanente».
«Esta vitória confirma a necessidade e a justiça da luta dos trabalhadores», defende o sindicato: se um trabalhador está a exercer funções na CeX, «deve informar-se sobre os seus direitos» com o CESP, sob pena de consentir a práticas repressivas como a obrigatoriedade de ser revistado por outros colegas (situação a que o CESP conseguiu pôr termo).
Dispensada em Maio, a empresa argumentava que a trabalhadora da loja da CeX em Aveiro tinha um contrato a prazo, tendo sido despedida no término do seu vínculo. Só que, como ficou provado, era apenas um truque da empresa: a trabalhadora tem um contrato com vínculo permanente que vai continuar a honrar.
«O CESP tem estado junto destes trabalhadores e estará na luta com todos os que de nós precisarem», afirma, ainda, o sindicato. «A CEX não respeita os direitos laborais, mas tem sido obrigada a ceder perante a força e persistência dos trabalhadores».
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